Quarta, 08 de junho de 2016

(1Rs 18,20-39; Sl 15[16]; Mt 5,17-19)
10ª Semana do Tempo Comum.

Elias convoca todo Israel e também as divindades da casa real para um grande confronto e ao mesmo tempo restabelecer a fidelidade em Israel. Como em outros tempos, Israel é convocada a reafirmar a sua fé em Deus, como sempre, partindo de uma escolha: ‘não se pode adorar a dois senhores’. Mas o povo não responde; o silêncio parece ganhar significado nessa narrativa, pois nem Deus irá usar palavras. A própria calma de Elias reflete quem é o Senhor. Vez em quando descuidamos da nossa fidelidade e Deus tem que se mostrar mais ‘grandioso’ do que já conhecíamos, por pura misericórdia e porque Ele é fiel.

Jesus se posiciona diante da lei tradicional, deixando que ela ganha novo sentido no cumprimento daquilo que ele propõe como caminho de felicidade; ele fala da lei em si, não em tradições ou interpretações acrescentadas. “As palavras de Jesus são a porta pela qual devemos entrar para podermos compreender o sentido da lei divina no Antigo Testamento. No centro da lei está o amor. [...] O que Jesus quer não é o rigor da lei nem a sua suspensão; a ele interessa a verdadeira intenção que está por trás de toda a lei. Ele nos mostra um caminho que não para na letra da lei, mas que procura entender a intenção original divina que se expressa nela” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).
  
Pe. João Bosco Vieira Leite