(2Rs 24,8-17; Sl 78[79]; Mt 7,21-29)
12ª Semana do Tempo Comum.
Ao final do livro dos
Reis temos a deportação para a Babilônia de Joaquim (Jeconias), segundo a nossa
tradução. Esse texto marca o exílio propriamente dito o saque e destruição do
Templo. O refrão que se segue é que não fizeram o que agradava ao Senhor. Assim
lerá a posteridade de Israel, como uma fonte de contínua reflexão sobre o
significado de andar na presença do Senhor e realizara sua vontade.
E por falar em
vontade divina, chegamos à conclusão do Sermão da Montanha. Nele nos é revelada
a vontade do Pai, o seu cumprimento estabelece o caminho que nos leva à vida.
Habituados a toda uma gama de espetáculo em torno da fé, esquecemos facilmente
o essencial. É preciso unir o ‘ouvir’ e o ‘fazer’ para sermos mais sensatos no
caminho da fé. “João Crisóstomo interpretou essa metáfora da seguinte maneira:
nada pode prejudicar aquele que lança os seus fundamentos em Jesus, nem
tempestades nem enchentes. Nada me pode ferir, nem ofensas nem as projeções
pelas quais outros lançam o seu inconsciente sobre mim, desde que eu construa a
minha casa sobre a palavra de Jesus, definindo-me por Jesus e não pelo juízo
dos homens e pelo comportamento diante de mim. Mas se eu construir a minha casa
sobre ilusões, por exemplo sobre a ilusão de receber o reconhecimento e a
aceitação de todos, a casa cairá logo que alguém me magoar ou machucar. A
palavra de Jesus quer mostrar-me o verdadeiro fundamento em que minha casa
estará firme, sem que os ferimentos causados por outros possam derrubá-la: é o
fato de eu ser filho ou filha de Deus, que me ama incondicionalmente. Se
construir a minha casa sobre essa rocha, a minha vida dará certo. Por mais que
as pessoas me firam, a minha casa não desabará” (Anselm Grun, “Jesus mestre da
salvação”).
Pe. João Bosco
Vieira Leite