Quinta, 23 de junho de 2016

(2Rs 24,8-17; Sl 78[79]; Mt 7,21-29) 
12ª Semana do Tempo Comum.

Ao final do livro dos Reis temos a deportação para a Babilônia de Joaquim (Jeconias), segundo a nossa tradução. Esse texto marca o exílio propriamente dito o saque e destruição do Templo. O refrão que se segue é que não fizeram o que agradava ao Senhor. Assim lerá a posteridade de Israel, como uma fonte de contínua reflexão sobre o significado de andar na presença do Senhor e realizara sua vontade.

E por falar em vontade divina, chegamos à conclusão do Sermão da Montanha. Nele nos é revelada a vontade do Pai, o seu cumprimento estabelece o caminho que nos leva à vida. Habituados a toda uma gama de espetáculo em torno da fé, esquecemos facilmente o essencial. É preciso unir o ‘ouvir’ e o ‘fazer’ para sermos mais sensatos no caminho da fé. “João Crisóstomo interpretou essa metáfora da seguinte maneira: nada pode prejudicar aquele que lança os seus fundamentos em Jesus, nem tempestades nem enchentes. Nada me pode ferir, nem ofensas nem as projeções pelas quais outros lançam o seu inconsciente sobre mim, desde que eu construa a minha casa sobre a palavra de Jesus, definindo-me por Jesus e não pelo juízo dos homens e pelo comportamento diante de mim. Mas se eu construir a minha casa sobre ilusões, por exemplo sobre a ilusão de receber o reconhecimento e a aceitação de todos, a casa cairá logo que alguém me magoar ou machucar. A palavra de Jesus quer mostrar-me o verdadeiro fundamento em que minha casa estará firme, sem que os ferimentos causados por outros possam derrubá-la: é o fato de eu ser filho ou filha de Deus, que me ama incondicionalmente. Se construir a minha casa sobre essa rocha, a minha vida dará certo. Por mais que as pessoas me firam, a minha casa não desabará” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).

Pe. João Bosco Vieira Leite