(1Rs 17,7-16; Sl 4; Mt 5,13-16)
10ª Semana do Tempo Comum.
A aventura de Elias o lança ainda mais
longe em provar a providência divina, não é à toa que ele é considerado o
profeta do fogo, do zelo por Deus. A viúva a quem ele se dirige é a que lamenta
com ele a morte do filho na primeira leitura desse domingo que abre a nossa
semana. O poder do Senhor se estende também a essa terra, o profeta leva aí a
presença do Senhor. Por meio do seu profeta, o Senhor traz o pão de que vive o
homem, vinculado ao mandato que da vida. Elias exige dessa mulher estrangeira
um ato de caridade extraordinário, unido a um ato de fé em sua palavra. Jesus a
mencionará em seu evangelho.
A imagem do sal e da luz com que Mateus
trabalha, lembra a comunidade cristã o que ela deve ser para a realidade que a
cerca e o cuidado para consigo mesma: o sal comunica seu sabor e conserva
alimentos, mas pode se desvirtuar; a luz ilumina todos, mas pode ser escondida.
Sem vaidades, ela precisa tomar pé de sua missão. “Quando o homem age
corretamente, cumprindo o mandamento de Jesus, vem ao mundo o Reino de Deus. A
imagem da luz não se prende apenas ao indivíduo que se mostra permeável à luz
de Deus, ela se estende também à comunidade cristã, que é uma luz para o mundo
porque o relacionamento entre seus membros é marcado pelo perdão e pela
conciliação. Quando dois ou três realizam entre si o amor de Deus, desencadeiam
uma mudança no mundo inteiro” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).
Pe. João Bosco Vieira Leite