Terça, 7 de junho de 2016

(1Rs 17,7-16; Sl 4; Mt 5,13-16) 
10ª Semana do Tempo Comum.

A aventura de Elias o lança ainda mais longe em provar a providência divina, não é à toa que ele é considerado o profeta do fogo, do zelo por Deus. A viúva a quem ele se dirige é a que lamenta com ele a morte do filho na primeira leitura desse domingo que abre a nossa semana. O poder do Senhor se estende também a essa terra, o profeta leva aí a presença do Senhor. Por meio do seu profeta, o Senhor traz o pão de que vive o homem, vinculado ao mandato que da vida. Elias exige dessa mulher estrangeira um ato de caridade extraordinário, unido a um ato de fé em sua palavra. Jesus a mencionará em seu evangelho.

A imagem do sal e da luz com que Mateus trabalha, lembra a comunidade cristã o que ela deve ser para a realidade que a cerca e o cuidado para consigo mesma: o sal comunica seu sabor e conserva alimentos, mas pode se desvirtuar; a luz ilumina todos, mas pode ser escondida. Sem vaidades, ela precisa tomar pé de sua missão. “Quando o homem age corretamente, cumprindo o mandamento de Jesus, vem ao mundo o Reino de Deus. A imagem da luz não se prende apenas ao indivíduo que se mostra permeável à luz de Deus, ela se estende também à comunidade cristã, que é uma luz para o mundo porque o relacionamento entre seus membros é marcado pelo perdão e pela conciliação. Quando dois ou três realizam entre si o amor de Deus, desencadeiam uma mudança no mundo inteiro” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).

Pe. João Bosco Vieira Leite