Terça, 28 de junho de 2016

(Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 5; Mt 8,23-27) 
Sto. Irineu, bispo e mártir.

Depois da chamada de atenção sobre a prática da justiça e sobre o direito dos pobres, mesmo celebrando impecavelmente o culto, sobre a dureza de coração, o profeta agora coloca em destaque a escolha de Deus por Israel, através de uma relação de causa e efeito. A Palavra de Deus é comparada ao rugido de um leão: é como alguma coisa que urge dentro e que sai com ímpeto, provocando o inevitável efeito para o qual foi enviada. Talvez aqui possamos vislumbrar a resistência (de Israel e nossa) em se deixar moldar pelo Senhor, de colocar-se de acordo, como duas pessoas que caminham juntas.

A tempestade acalmada revela o coração dos discípulos e da própria comunidade sobre a fé em Jesus. Sobre esse acreditar na vitória do Reino sobre as forças do mal, por isso, ao final, a pergunta sobre a identidade divina de Jesus (somente Deus pode dar ordens ao vento e ao mar). O plácido lago de nossa vida pode ser agitado por forças que, às vezes, desconhecemos. O barco representa também a comunidade, a Igreja do tempo de Mateus, sacudida, vez ou outra, mas não abandonada. Quem se coloca nas mãos de Deus deve estar consciente desses ‘pequenos abalos’, mas deve levar consigo a certeza de Quem é maior (vitorioso) que tudo isso que nos acontece.

Pe. João Bosco Vieira Leite