Terça, 14 de junho de 2016

(1Rs 21,17-29; Sl 50[51]; Mt 5,43-48) 
11ª Semana do Tempo Comum.

Eis que Elias volta à cena para pronunciar a sentença divina. Não matar e não cobiçar são os dois preceitos do decálogo violados pelo rei. Acab tem uma reação inesperada de assumir a culpa e se penitenciar, Deus age com misericórdia para com ele, mas não elimina a justa reparação pelo seu crime, a sua dinastia continua em seus filhos e findará neles.

A palavra de Jesus com relação aos inimigos não tem nenhuma equiparação com texto do Antigo Testamento (AT). O preceito de Jesus retoma sugestões do AT e as faz culminar na extensão e no motivo: nada menos que a imitação de Deus Pai. O sol, que é fonte de bens, luz e calor, Deus controla em favor de todos, sem distinção. Seja a perfeição ou santidade divina a ser imitada, tudo está centrado no amor, que transforma e leva a vivência da novidade. “Jesus mostra que uma das maneiras de amar o inimigo é rezar por ele. Na oração entrego o inimigo às mãos de Deus: que Deus lhe dê aquilo que faz bem a ele e à sua alma. Quem ama o inimigo mostra que é filho ou filha de Deus. Por isso, é o amor aos inimigos o sinal característico da filiação divina. Com o amor aos inimigos imitamos o comportamento do próprio Deus que faz nascer o sol sobre os bons e maus e que faz chover sobre os justos e os injustos (5,45).[...] Para Mateus, o novo comportamento nunca é apenas expressão de um novo ser, é, ao mesmo tempo, o exercício concreto da experiência do novo ser que nos leva para dentro da experiência do Deus misericordioso cujos filhos e filhas somos” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).


Pe. João Bosco Vieira Leite