Segunda, 13 de junho de 2016

(1Rs 21,1-16; Sl 05; Mt 5,38-42) 
11ª Semana do Tempo Comum.

O livro dos Reis que estamos acompanhando nos oferece um breve retrato do caráter de Acab e Jezabel nesse novelesco episódio sobre a vinha de Nabot, denunciando os desmandos do reinado, a influência da mulher e a injustiça reinante. Assim podemos entender o zelo profético de Elias não só por Deus, mas também de um povo entregue a um injusto governo. O conceito de poder de Jezabel não tem limites morais. Pensemos em nosso país, e rezemos por aqueles que têm a coragem de enfrentar o vigente sistema de corrupção em que vivemos.


No seu discurso Jesus cita a antiga lei do talião que na sua origem visava por um freio à espiral da violência. Cristo propõe vencer o mal com o bem. Os três casos propostos representam muitos outros na ordem do sofrer, possuir e executar. “Quem sabe que Deus o ama incondicionalmente não precisa mover um processo para obter o seu direito ou usar a força para reagir aos violentos. Ele sabe que Deus o protege. Bater no rosto de alguém é para o judeu menos um sinal de violência que de desonra. Quem se sabe honrado por Deus não precisa mais  preocupar-se com a sua honra. Ele pode até entregar a capa que o esquentaria de noite. E quem repousa no amor de Deus andará duas milhas com o soldado romano das forças de ocupação, que segundo o direito de então podia obriga-lo a acompanhá-lo pela distância de uma milha, e assim transformá-lo em amigo. Vendo no outro um possível amigo, nem aceita a sua inimizade. São comportamentos que rompem o círculo vicioso da violência que é paga com violência, do ódio que provoca ódio, da ofensa que é retribuída com outra ofensa; agindo assim, cria novas possibilidades de convivência” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).

Pe. João Bosco Vieira Leite