(Lm 2,2.10-14.18-19; Sl 73[74]; Mt 8,5-17)
12ª Semana do Tempo Comum.
Nossa liturgia da palavra insere esse texto
do livro das Lamentações, atribuído a Jeremias, para chorar a destruição do
Templo e a queda de Jerusalém: o impossível se concretizava, as promessas
divinas pareciam ter falhado. O autor, um poeta, reza na plena consciência de
sua culpa e atribui a Deus, não aos inimigos, tamanho castigo e clama por
misericórdia. O salmo reforça esse lamento. Há um tempo pra tudo, e como tudo,
passa.
Entramos num bloco onde dez curas são
narradas. Mateus nos reconta o evangelho de alguns domingos atrás em sua
versão. É o centurião que vai até Jesus pedir pelo seu servo, sem outras
mediações; a resposta de fé provoca a admiração de Jesus e a comparação com
Israel que não o vê como esse homem, ao mesmo tempo ele é prenúncio dos que hão
de crer em Jesus. Independente disso Jesus segue curando como testemunho desse
tempo novo que chegou: ao curar, Jesus está introduzindo o reinado de Deus, que
deseja salvar o homem todo, inclusive do poder da morte. Renovemos nossa
esperança e deixemo-nos tomar pela mão pelo Senhor.
Pe. João Bosco Vieira Leite