Segunda, 20 de junho de 2016

(2Rs 17,5-8.13-15.18; Sl 59[60]; Mt 7,1-5) 
12ª Semana do Tempo Comum.

Nossa leitura do livro dos Reis dá um salto e nos situa no tempo do rei Oséias, que reinava na Samaria, que terá o seu território invadido e seu povo deportado. O autor sagrado faz uma leitura teológica do fato atribuindo tal desgraça ao pecado do povo, não sem antes tê-lo advertido pelos profetas. Talvez essa narrativa nos ajude a entender a hostilidade dos judeus aos samaritanos, pois na Samaria virão habitar outros povos, povoando o território de gentios (pagãos). Assim já compreenderemos a rejeição dos samaritanos em receber Jesus no evangelho do próximo domingo. Um texto meramente explicativo e que nos diz que persistir no erro tem suas consequências.

No sermão da montanha, que já caminha para o seu fim, tem no capítulo 7 uma série de instruções e exortações breves. O primeiro é a respeito do julgamento arrogante; quem tem ‘telhado de vidro’ não atira pedra para cima ou aleatoriamente. Muitas vezes não assumimos nossos defeitos para melhor conviver com eles. Uma atitude humilde e conhecedora de si (conhece-te a ti mesmo) nos obriga a calar o que percebemos de erro nos outros quando estes também fazem parte do meu cotidiano. Conta-se que uma mulher procurou Gandhi, trazia consigo uma criança, ela pediu ao sábio homem que aconselha-se seu pequeno a não comer açúcar. Gandhi disse a mulher que voltasse dali a uma mês. Retornando no prazo previsto, colocam-se na frente do sábio e este, voltando-se para a criança, de forma imperativa lhe diz: - Menino, pare de comer açúcar! A mãe se volta para ele e pergunta: - Um mês só para dizer isso? Ele lhe responde: - É que eu também gostava de açúcar.


Pe. João Bosco Vieira Leite