(2Rs 11,1-4.9-18.20; Sl 131[132]; Mt 6,19-23)
11ª Semana do Tempo Comum.
Saltamos o ministério inicial de Eliseu
para situar-nos no reino de Judá num momento da história de Israel onde
encontramos Atália, filha de Jezabel, que viu toda sua família ser dizimada,
conforme o profeta Elias disse que aconteceria, resolve exterminar a família do
rei, mas um de seus membros, herdeiro legítimo, é salvo por um sacerdote.
Atália assume o poder sem saber desse descendente de Davi que no Templo
crescia. O objetivo do autor sagrado é mostrar por esse relato, como a promessa
de Deus se cumpre contra toda a expectativa humana.
Segue-se, no discurso de Jesus, quatro
recomendações sobre a posse de bens, que não deixa de ser um comentário ao
espírito de pobreza proclamada na primeira bem-aventurança. No trecho de hoje a
crítica é sobre o transformar a riqueza em ponto de apoio para a existência. Há
no texto um jogo de palavras de não fácil tradução. Com esse ‘olho bom e’ ‘olho
doente’, temos respectivamente a generosidade e a mesquinhez. A única
saída para não se tornar refém dos próprios bens acumulados ou da riqueza em
si, é descobrir o caminho da generosidade. Quem é generoso não conhecerá a
solidão.
Pe. João Bosco Vieira Leite