Sexta, 17 de junho de 2016

(2Rs 11,1-4.9-18.20; Sl 131[132]; Mt 6,19-23) 
11ª Semana do Tempo Comum.

Saltamos o ministério inicial de Eliseu para situar-nos no reino de Judá num momento da história de Israel onde encontramos Atália, filha de Jezabel, que viu toda sua família ser dizimada, conforme o profeta Elias disse que aconteceria, resolve exterminar a família do rei, mas um de seus membros, herdeiro legítimo, é salvo por um sacerdote. Atália assume o poder sem saber desse descendente de Davi que no Templo crescia. O objetivo do autor sagrado é mostrar por esse relato, como a promessa de Deus se cumpre contra toda a expectativa humana.

Segue-se, no discurso de Jesus, quatro recomendações sobre a posse de bens, que não deixa de ser um comentário ao espírito de pobreza proclamada na primeira bem-aventurança. No trecho de hoje a crítica é sobre o transformar a riqueza em ponto de apoio para a existência. Há no texto um jogo de palavras de não fácil tradução. Com esse ‘olho bom e’ ‘olho doente’, temos respectivamente a generosidade e a mesquinhez.  A única saída para não se tornar refém dos próprios bens acumulados ou da riqueza em si, é descobrir o caminho da generosidade. Quem é generoso não conhecerá a solidão.

Pe. João Bosco Vieira Leite