(2Tm 2,8-15; Sl 24[25]; Mc 12,28-34)
9ª Semana do Tempo Comum.
É da prisão que Paulo exorta Timóteo a
ter sempre presente a pessoa de Jesus, pois este continua sendo o mediador da
salvação. O Apóstolo conhece o peso das algemas e ainda mais a força do
evangelho, que em muitos momentos se serviu dessa própria situação de Paulo
para alcançar a outros. Um pequeno poema é incrustado em nosso texto (vv.
11-13): o dom e a oferta de Deus são irrevogáveis; se o homem os rejeita, ele o
reconhece e o sanciona. Por fim chama Timóteo a ser firme na provação e na
palavra da verdade que deve levar adiante. A confiança na graça de Deus faz com
que qualquer situação que atravessamos sirva ao Reino. Deus tira proveito de
qualquer esforço nosso para viver a entrega, o oferecimento de si mesmo.
Na sequência do evangelho que estamos acompanhando,
um mestre da lei parece ter gostado do modo como Jesus respondeu aos saduceus e
também o aborda. Além dos dez mandamentos, os israelitas tinham uma série de
preceitos, códigos legais, decisões de jurisprudência... Diante de tudo isso,
qual é o mais importante? Jesus responde sua pergunta propondo não só um
mandamento, mas dois. Jesus conjuga Dt 6,5 com Lv 19,18. O segundo está
fortemente condicionado ao primeiro. Assim, toda a lei deve estar submetida a
esses dois mandamentos. Ao acolhimento do mestre da lei que acolhe a sua
resposta, Jesus diz que não está longe do Reino de Deus que se faz presente
n’Ele, que mais amou a Deus e ao próximo. Que essa medida dada por Jesus nos
ajude nas escolhas e nos oriente no amor devido.
Pe. João Bosco Vieira Leite