(Is 61,9-11; Sl 1Sm 2; Lc 2,41-51)
Imaculado Coração de Maria.
Essa memória que se segue à Solenidade
do Coração de Jesus é um justo casamento do coração humano que mais próximo
esteve do coração de Jesus. Nesse sentido podemos acolher o texto do profeta
Isaías que fala dos descendentes de Israel nos quais o proceder revela a raça a
que pertencem. Maria se revelou o primeiro e melhor fruto da evangelização,
pois seu coração se fez próximo do coração do Filho numa projeção inversa. Mas
como negar que algo da Mãe não se projeta no Filho?
Mas o coração de Maria é obra de
artesão. Se amada desde sempre, preservada do pecado pelos méritos do Filho,
não foi poupada desse processo de ‘lapidação’ que a vida nos impõe em meio aos
fatos que nos envolvem. É dela que recolhemos a indicação de aprender a
conservar em nosso coração os acontecimentos dessa vida e meditar sobre eles. O
mistério de Deus e da nossa existência exige uma atitude de continuo
recolhimento para perceber os caminhos que estamos traçando, se eles estão
realmente em comunhão com Deus. Que a Virgem nos traga, em Jesus, uma Luz
contínua para o nosso caminhar e que nos ensine a arte de fazer o nosso coração
semelhante ao d’Ele ou ao d’Ela.
Pe. João Bosco Vieira Leite