Sábado, 04 de junho de 2016

(Is 61,9-11; Sl 1Sm 2; Lc 2,41-51) 
Imaculado Coração de Maria.

Essa memória que se segue à Solenidade do Coração de Jesus é um justo casamento do coração humano que mais próximo esteve do coração de Jesus. Nesse sentido podemos acolher o texto do profeta Isaías que fala dos descendentes de Israel nos quais o proceder revela a raça a que pertencem. Maria se revelou o primeiro e melhor fruto da evangelização, pois seu coração se fez próximo do coração do Filho numa projeção inversa. Mas como negar que algo da Mãe não se projeta no Filho?

Mas o coração de Maria é obra de artesão. Se amada desde sempre, preservada do pecado pelos méritos do Filho, não foi poupada desse processo de ‘lapidação’ que a vida nos impõe em meio aos fatos que nos envolvem. É dela que recolhemos a indicação de aprender a conservar em nosso coração os acontecimentos dessa vida e meditar sobre eles. O mistério de Deus e da nossa existência exige uma atitude de continuo recolhimento para perceber os caminhos que estamos traçando, se eles estão realmente em comunhão com Deus. Que a Virgem nos traga, em Jesus, uma Luz contínua para o nosso caminhar e que nos ensine a arte de fazer o nosso coração semelhante ao d’Ele ou ao d’Ela.


Pe. João Bosco Vieira Leite