Quarta, 24 de julho de 2024

(Jr 1,1.4-10; Sl 70[71]; Mt 13,1-9) 16ª Semana do Tempo Comum.

“E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘O semeador saiu a semear...’” Mt 13,3.

“Dispostos a se tornarem servidores do Reino, os discípulos não deveriam pensar que só encontrariam sucesso pela frente. Era preciso ser realista e, de antemão, dar-se conta da dinâmica do Reino. O sucesso, sem dúvida, viria, porém em meio a perdas e fracassos. O processo de semeadura serviu para ilustrar este aspecto do Reino. O semeador, segundo o costume da época, lançava as sementes ao deus-dará. Umas caiam a beira do caminho, outras, em terreno pedregoso, outras, no meio de espinhos. A condição precária do terreno impedia que a semente desse frutos. Talvez chegasse a germinar e tentar crescer. Sua sorte, porém, era murchar e morrer. Só uma pequena porção de semente caia em terreno fértil e chegava a frutificar. Mesmo assim, a colheita variava na base de cem, sessenta e trinta por um. Nem por isso o semeador deixava de semear. Embora soubesse que boa parte da semente haveria de se perder, valia a pena continuar semeando. O discípulo do Reino, como o semeador, não pode deixar de semear a semente da Palavra de Deus, mesmo sabendo que seu trabalho não frutificará cem por cento. Ele deve contar com a perda inevitável e se contentar com o que foi produzido de bom, embora seja pouco. – Senhor Jesus, ajuda-me a não desanimar na tarefa de semear tua Palavra, mesmo contando com perdas e fracassos” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).  

Pe. João Bosco Vieira Leite