(Jr 1,1.4-10; Sl 70[71]; Mt 13,1-9) 16ª Semana do Tempo Comum.
“E disse-lhes muitas coisas em
parábolas: ‘O semeador saiu a semear...’” Mt 13,3.
“Dispostos
a se tornarem servidores do Reino, os discípulos não deveriam pensar que só
encontrariam sucesso pela frente. Era preciso ser realista e, de antemão,
dar-se conta da dinâmica do Reino. O sucesso, sem dúvida, viria, porém em meio
a perdas e fracassos. O processo de semeadura serviu para ilustrar este aspecto
do Reino. O semeador, segundo o costume da época, lançava as sementes ao
deus-dará. Umas caiam a beira do caminho, outras, em terreno pedregoso, outras,
no meio de espinhos. A condição precária do terreno impedia que a semente desse
frutos. Talvez chegasse a germinar e tentar crescer. Sua sorte, porém, era
murchar e morrer. Só uma pequena porção de semente caia em terreno fértil e
chegava a frutificar. Mesmo assim, a colheita variava na base de cem, sessenta
e trinta por um. Nem por isso o semeador deixava de semear. Embora soubesse que
boa parte da semente haveria de se perder, valia a pena continuar semeando. O
discípulo do Reino, como o semeador, não pode deixar de semear a semente da
Palavra de Deus, mesmo sabendo que seu trabalho não frutificará cem por cento.
Ele deve contar com a perda inevitável e se contentar com o que foi produzido
de bom, embora seja pouco. – Senhor Jesus, ajuda-me a não desanimar na tarefa
de semear tua Palavra, mesmo contando com perdas e fracassos” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira
Leite