Quinta, 18 de julho de 2024

(Is 26,7-9.12.16-19; Sl 101[102]; Mt 11,28-30) 15ª Semana do Tempo Comum.

“Reviverão os teus mortos e se levantarão também os meus mortos. Despertai, cantai louvores,

vós que jazeis no pó! Senhor, é orvalho de luz o teu orvalho, e a terra trará à luz os falecidos” Is 26,29.

“Este texto pertence à seção do Livro de Isaías conhecida como ‘Apocalipse de Isaías’ (caps. 24-27), que remonta à segunda metade do século VI a. C. ou um período sucessivo. O pano de fundo destes capítulos podemos procurá-lo num acontecimento verosímil da época. No texto litúrgico de hoje é proposta uma meditação sobre o modo com o qual Deus atua na História, modo que se torna lição de sabedoria e razão de esperança para aqueles que confiam na ressurreição dos mortos. [Compreender a Palavra:] As palavras do profeta apresentam dois temas principais: no começo o dos juízos de Deus e depois o da confiança na ressurreição. Serve de motivo unificador o pano de fundo sapiencial: o profeta, em nome de todo o povo, reconhece que da ação de Deus na História, dos Seus juízos, e também da tribulação e das tentativas sem sucesso, os homens aprendem a justiça e são corrigidos. A sabedoria manifesta-se, antes de mais, na espera de um acontecimento impossível aos homens, os quais, não obstante os seus esforços e apesar dos seus sofrimentos, podem somente dar à luz vento, isto é, são apenas capazes de uma vida que se esfuma e não tem consistência. Se o Senhor com o Seu orvalho luminoso pode realmente dar de novo vida à terra e luz a quantos já estão nas trevas da morte (‘Em Vós esperamos, Senhor: [...] Os teus mortos voltarão à vida’: vv. 8,19). Esta é a justiça e a paz que Deus concede aos Seus fiéis; este é o verdadeiro sucesso concedido às empresas dos homens” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Semanas de I a XVII] – Paulus).        

Pe. João Bosco Vieira Leite