Quarta, 17 de julho de 2024

(Is 10,5-7.13-16; Sl 93[94]; Mt 11,25-27) 15ª Semana do Tempo Comum.

“Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: ‘Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,

porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos’” Mt 11,25.

“O verdadeiro conhecimento de Jesus e do Pai não se adquire através de estudos e pesquisas teóricas. Ele é oferecido como dom livre e gratuito. Neste âmbito, pessoas tidas como sábias e doutas perdem para os pequeninos. Os sábios, pensando poder conhecer Deus por si mesmos, correm o risco de criar um deus à sua imagem e semelhança, com todas as limitações humanas. Enquanto isso, os pequeninos, conscientes de suas limitações, dependem unicamente de Deus para conhecê-lo. Ser sábio ou pequenino nada tem a ver com a condição social ou econômica. Trata-se, isto sim, de modos de posicionar-se diante de Deus e de seu Filho Jesus. É este quem revela a identidade do Pai a quem ele quer, na medida em que a pessoa esteja disponível para tornar-se discípula. As palavras de Jesus, especialmente suas parábolas, oferecem pistas para a compreensão do Pai. Por outro lado, este pode ser conhecido mediante o modo de ser e agir de Jesus. A misericórdia do Filho é expressão da misericórdia do Pai. Seu respeito pelos pobres e marginalizados, sua atitude de valorizar as mulheres e as crianças, seu esforço para libertar o ser humano de toda sorte de escravidão revelam o profundo amor de Deus pela humanidade. Portanto, é na contemplação de Jesus e no seguimento de seus passos que o discípulo tem acesso ao Pai – Senhor Jesus, que, ao contemplar-te, eu possa conhecer o Pai e reconhecer em ti a expressão desse amor divino e misericordioso pela humanidade” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).  

Pe. João Bosco Vieira Leite