Segunda, 22 de julho de 2024

(Ct 3,1-4; Sl 62[63]; Jo 20,1-2.11-18) Santa Maria Madalena.

“No primeiro da semana, Maria Madalena, foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada,

quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo” Jo 20,1.

“Magdala, - aldeia situada na margem ocidental do lago de Genezaré, na Galileia – é a terra natal de Maria, denominada propriamente Madalena, que se distingue totalmente da outra Maria, a de Betânia – aldeia das proximidades de Jerusalém. Esta era irmã de Lázaro e de Maria, ‘a pecadora’ – a que parece de repente na casa de Simão quando Jesus nesse dia aí estava e sentava-se para almoçar. Maria Madalena é a fiel discípula que segue o mestre da Galileia à Judeia ‘junto com muitas outras mulheres, que entregavam seus haveres’ (a Jesus e aos apóstolos). É ainda ela quem está ao lado da Bem-aventurada Virgem Maria junto à cruz, compartilhando as dores da crucificação e a morte do Filho. É também quem permanece em vigília amorosa ‘sentada em frente ao sepulcro’ na madrugada do primeiro dia, depois da forçosa espera do sábado, e é a primeira a correr ao sepulcro. Aquela que, em seu ardente amor, foi premiada pelo Ressurrecto, que se fez reconhecer pronunciando lhe apenas o nome, como se faz com quem é da família: ‘Maria!’. É a ela que o Salvador confia o grande anúncio da ressurreição: ‘Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: Subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus’. Essa a Madalena que a Igreja hoje comemora, com presença obrigatória no calendário geral. Anteriormente, a liturgia ocidental – influenciada pelos escritos de são Gregório Magno e pela identidade de nome – confundira numa só pessoa Maria de Betânia, denominada a pecadora, e Maria de Magdala. Tal identificação fora sempre recusada pela tradição da Igreja oriental e pelos escritos dos padres gregos. Com ambos está concorde agora o novo Calendário romano. Constitui pura lenda a viagem e a estada de Madalena na Gália. Segundo uma antiga tradição grega, Maria Madalena teria ido viver em Éfeso junto à Mãe de Jesus e ao apóstolo João” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite