Sexta, 26 de julho de 2024

(Eclo 44,1.10-15; Sl 131[132];  Mt 13,16-17) Santo Joaquim e Ana, pais da bem-aventurada Virgem Maria.

“Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” Eclo 44,1.

“O Papa João Paulo II ensina que São Joaquim e Santa Ana são ‘uma fonte constante de inspiração na vida cotidiana, na vida familiar e social’. E exorta: ‘Transmiti mutuamente de geração em geração, junto com a oração, todo o patrimônio da vida cristã’ (no Santuário do Monte de Santa Ana, Polônia, 21/06/1983). Santa Maria recebeu no lar formado por seus pais todo o tesouro de tradições da Casa de Davi que passavam de uma geração para outra; foi nele a dirigir-se ao seu Pai-Deus com imensa piedade; foi nele que conheceu as profecias relativas à chegada do Messias, ao lugar do seu nascimento... Por sua vez, a Virgem ensinaria a Jesus as formas de falar, refrões populares cheios de sabedoria, que anos mais tarde o Senhor empregaria na sua pregação. Dos seus lábios maternais, Jesus terá ouvido com imensa piedade aquelas primeiras orações que os hebreus ensinavam aos seus filhos mal começavam a pronunciar as primeiras palavras. Que boa mestra não terá sido a Virgem! Com que ternura não teria manifestado a riqueza da sua alma cheia de graça! É muito provável que nós também tenhamos recebido o incomparável dom da fé e muitos bons costumes dos nossos ascendentes, que foram conservados e transmitido como um tesouro. Por nossa vez, temos o grato dever de conservar esse patrimônio para transmiti-lo a outros. Agora que os ataques contra a família parecem recrudescer, devemos preservar com fortaleza esse patrimônio recebido, e procurar enriquecê-lo com a prática das virtudes cristãs e com a nossa fé. Temos de tornar Deus presente no nosso lar mediante esses costumes cristãos de sempre: a bênção dos alimentos, as orações da noite com os filhos pequenos..., a leitura de alguns versículos do Evangelho com os mais velhos, alguma breve oração pelas pessoas falecidas, pelas intenções da família e do Papa..., a assistência à Missa do domingo, todos juntos... E a recitação do terço, a oração que os Sumos Pontífices tanto recomendaram que fosse rezada em família. Não é necessário que as práticas de piedade em família sejam numerosas, mas seria pouco natural que não se estabelecesse nenhuma num lar em que todos, ou quase todos, professam ser cristãos. Já se disse que os pais que sabem rezar com os seus filhos encontram facilmente o caminho que os leva ao coração desses filhos. E os filhos nunca se esquecem das ajudas que receberam em crianças dos seus pais: para que rezassem, para que recorressem à Virgem em todas as situações. Como agradecemos as orações que nossos pais nos ensinaram quando éramos pequenos, as formas práticas de dirigir-nos a Jesus Sacramentado...! É, sem dúvida, a melhor herança que recebemos. Será também muito grato à nossa Mãe Santa Maria que renovemos uma vez mais o propósito tantas vezes formulado de procurarmos ser sempre instrumentos de união entre os diversos membros da família. Este empenho santo levar-nos-á a pedir todos os dias pelo membro da família que mais precise, a ter maiores atenções com o mais arisco, com aquele que parece fraquejar ou que está doente” (Francisco Fernandez-Carvajal – Falar com Deus – Vol. 7 – Quadrante)

 Pe. João Bosco Vieira Leite