(Jr 7,1-11; Sl 83[84]; Mt 13,24-30) 16ª Semana do Tempo Comum.
“Deixai crescer um e outro até a
colheita!” Mt 13,30a.
“É
o demônio que semeia o mal na herança do Senhor; daí surge a convivência do bem
e do mal no Reino de Deus até o juízo final, no qual se fará a separação
definitiva. Deus permite que no mundo estejam juntos os justos e os pecadores,
seja para que os justos se purifiquem e santifiquem com os defeitos e
perseguições dos outros, seja para que os pecadores tenham tempo e oportunidade
de corrigir-se do pecado e começar a fazer o bem. Deus é definitivamente
paciente; é ‘vagaroso para o castigo’ e ‘rico em misericórdia’, como no-lo
dizem vários textos bíblicos; nós, no entanto, costumamos ser impacientes e
alteramos os termos: ‘Rápidos para o castigo’ e de ‘muito pouca misericórdia
para com os outros’. Não podemos esquecer-nos de que o Reino de Deus sofre
tensões internas e externas até que brilhe a luz definitiva. Até com nós mesmos
devemos ser pacientes; não pretendamos corrigir-nos num só dia; se assim
pudesse ser, demos graças a Deus; mas se assim não é, não devemos impacientar-nos.
Nossos defeitos temo-lo enraizados em nós e não nos é fácil ver-nos limpos
deles; o desânimo se apodera de nós, quando pretendemos ir mais rápido do que
Deus determinou. Deus nos quer ativos, no trabalho de nossa santificação, mas
pacientes: sem pressa, mas sim num andamento continuado e sem paradas; sem se
deter na enervante tibieza ou apatia espiritual, mas nunca com a pressa nada
natural que nos faça cair no desalento” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para
cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira
Leite