(At 22,30; 23,6-11; Sl 15[16]; Jo 17,20-26)
7ª Semana da Páscoa.
“Para que todos sejam
um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós,
a fim de que o mundo
creia que tu me enviaste” Jo 17,21.
“A oração de Jesus,
como discurso de despedida, pede pela humanidade... Humanidade que não se
afasta, mas que continua em seu coração junto do Pai. Jesus revela o Pai em si
mesmo, em sua missão, na Boa-nova que anuncia, em cada momento, atitude ou
fala, vivendo sua própria humanidade, Ele revela mais do projeto de comunhão em
Deus. O Amor sempre foi o grande acento de sua pregação. Amor-ágape, total
doação, verdadeira comunhão. Não um mero sentimento, mas algo tão forte e
transformador que não apenas muda os conceitos de nossa vida, ou os critérios
das relações, mas que permite estar em comunhão com o próprio Deus.
Aproximar-se de Jesus é fazer o que Ele fez. E Ele amou, e serviu, e teve
misericórdia, e foi compassivo... Esse é nosso fator de união com Deus: amar.
Pois Deus é Amor! A pregação de Jesus foi tida como de um profeta ou mestre
itinerante... A figura do profeta não era novidade no tempo bíblico, nem dos
mestres que iam ensinando o povo. Mesmo a figura do Messias não era estranha
nem novidade extraordinária. Alguns pretendentes a messias surgiam com o papel
de liderar a libertação do povo da opressão estrangeira. O discurso de Jesus
era novidade enquanto apresentava um Deus bondoso, compassivo, misericordioso e
próximo da humanidade. Por isso, era necessário que o mundo reconhecesse Jesus
como enviado pelo Pai, reconhecesse o itinerário e a pregação de Jesus como
caminho para Deus. – Desde a criação, Senhor, transbordas de amor e
verdadeira devoção pela humanidade. Não te cansas de propiciar ao ser humano
verdadeira oportunidade de conversão, de volta para tua companhia. Em Jesus
Cristo te manifestas como Salvador que acolhe em si o próprio pecado, e o
vence. Na perene presença do Espírito continua conduzindo cada homem e mulher
para o encontro final e pleno em teu amor. Obrigado, Deus, por não desistires de
nós. Amém!” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2015]
Vozes).