Sexta, 03 de junho de 2022

(At 25,13-21; Sl 102[103]; Jo 21,15-19) 

7ª Semana do Tempo Pascal.

“Pela terceira vez, pergunta Jesus a Pedro: ‘Simão, filho de Joao, tu me amas?’” Jo 21,17a.

“O Chamado de Jesus é um chamado de comprometimento. Chamado ao amor concreto, amor serviço que se concretiza no dia a dia e por isso dá trabalho, é exigente. Amor assim não acontece na base da troca. Quem ama de verdade não ama ‘desde que’. É sempre gratuito. A prontidão de Pedro em responder lembra nossa prontidão. Muitas vezes somos ávidos em responder, em assumir projetos, sonhos, porque reconhecemos a oportunidade de ajudar, de construir um mundo melhor, de fazer a diferença. Mas um sim dado precipitadamente não tem a força do comprometimento. Por isso, Jesus faz questão de continuar o questionando: Simão, filho de João, tu me amas? Amas com todo o teu ser?  És capaz de orientar toda a tua vida na vivência desse amor que é entrega gratuita? Jesus lembra que isso tem a ver com tudo o que nós somos. Não apenas com nossas virtudes e boa vontade, não é um projeto apenas para os dias de bom humor e disposição. Amar Jesus é assumir em nossa vida as escolhas que Ele fez, é amar a quem Ele amou, ou seja, a todos. Mas cuidar com especial carinho os pequenos, os pobres, os marginalizados. Jesus não nos convida apenas três vezes para essa missão. Ele conhece o nosso coração e nossas fraquezas, sabe que vacilamos. Por isso se faz presente constante, através dos irmãos, animando nosso caminhar. – Tu, Senhor, és o sumo bem, o bem universal. És a plenitude do amor e da doação. Queremos fazer parte dessa dinâmica gratuita e serviçal, colocando toda a nossa vida à disposição, em função do teu Reino de amor, paz, fraternidade e justiça. Faze de nós, Senhor, instrumento de tua vontade, pois queremos experimentar essa comunhão plena em teu projeto de salvação e realização universais. Amém! (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).  

 Pe. João Bosco Vieira Leite