(1Rs 21,1-16; Sl 05; Mt 5,38-42)
11ª Semana do Tempo Comum.
“Se alguém te forçar
a andar um quilômetro, caminha dois com ele!” Mt 5,41.
“Contra a chamada
‘lei do talião’, do ‘olho por olho e dente por dente’, Jesus propõe a
gratuidade como medida, não a vingança. Um critério novo, baseado em relações
novas com tudo e com todos, essa é a novidade do Evangelho. Se alguém te bate
na face, oferece a outra, se alguém te pede o manto, dá também a túnica.... Ser
bom não é ser bobo, mas sim valorizar aquilo que realmente tem valor. Não pode
ser o orgulho mesquinho ou o egoísmo a ditar as normas e os critérios em nossa
vida. Nossa conduta não pode ser friamente pautada na lei de causa e efeito.
Nosso coração precisa ser maior do que isso. Nossa fé precisa alargar esses
horizontes para novos critérios surgirem, enraizados numa experiência nova de
vida e de fé. Jesus rompe com o formalismo que exclui, que alimenta a vingança,
travestindo-a de falsa justiça. Valorizar nossa vocação enquanto humanidade,
que é a vocação ao cuidado, é forjar novos conceitos e referências. É sermos
capazes de vencer até mesmo nosso orgulho e autorreferencialidade, rompendo a
fronteira de costumes que não levam à caridade. A proposta do Evangelho
escandaliza justamente porque vai de encontro a valores estabelecidos e que
geram a competição, que estimulam a cada um pensar em si primeiro. A boa
notícia é que nosso Deus ama antes de julgar, perdoa antes mesmo de o
merecermos. – Nossa alma engrandece ao Senhor, e exulta nosso espírito
em Deus, nosso Salvador! Porque Ele olha para a humildade de seus servos, e
exalta a simplicidade e a boa vontade, a disposição e a caridade. Queremos,
sim, glorifica-lo com nosso sim diário, fazendo nossa vida total entrega e
doação. Amém!” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017]
– Vozes).