Segunda, 13 de junho de 2022

(1Rs 21,1-16; Sl 05; Mt 5,38-42) 

11ª Semana do Tempo Comum.

“Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!” Mt 5,41.

“Contra a chamada ‘lei do talião’, do ‘olho por olho e dente por dente’, Jesus propõe a gratuidade como medida, não a vingança. Um critério novo, baseado em relações novas com tudo e com todos, essa é a novidade do Evangelho. Se alguém te bate na face, oferece a outra, se alguém te pede o manto, dá também a túnica.... Ser bom não é ser bobo, mas sim valorizar aquilo que realmente tem valor. Não pode ser o orgulho mesquinho ou o egoísmo a ditar as normas e os critérios em nossa vida. Nossa conduta não pode ser friamente pautada na lei de causa e efeito. Nosso coração precisa ser maior do que isso. Nossa fé precisa alargar esses horizontes para novos critérios surgirem, enraizados numa experiência nova de vida e de fé. Jesus rompe com o formalismo que exclui, que alimenta a vingança, travestindo-a de falsa justiça. Valorizar nossa vocação enquanto humanidade, que é a vocação ao cuidado, é forjar novos conceitos e referências. É sermos capazes de vencer até mesmo nosso orgulho e autorreferencialidade, rompendo a fronteira de costumes que não levam à caridade. A proposta do Evangelho escandaliza justamente porque vai de encontro a valores estabelecidos e que geram a competição, que estimulam a cada um pensar em si primeiro. A boa notícia é que nosso Deus ama antes de julgar, perdoa antes mesmo de o merecermos. – Nossa alma engrandece ao Senhor, e exulta nosso espírito em Deus, nosso Salvador! Porque Ele olha para a humildade de seus servos, e exalta a simplicidade e a boa vontade, a disposição e a caridade. Queremos, sim, glorifica-lo com nosso sim diário, fazendo nossa vida total entrega e doação. Amém! (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite