(2Rs 17,5-8.13-15.18; Sl 59[60]; Mt 7,1-5)
12ª Semana do Tempo Comum.
“Não julgueis e não
sereis julgados. Pois vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que
julgardes;
e sereis medidos com
a mesma medida com que medirdes” Mt 1-2.
“Com muita facilidade
pessoas são julgadas e ‘medidas de alto a baixo’ sem piedade e restrição. De
alguma forma o outro é o inimigo que precisa sair da frente, ser destruído,
sair do páreo. Saber que os outros poderão usar os mesmos critérios para
destruir é, no mínimo, bastante reflexivo. Julgar o outro implica seguramente
se colocar no lugar de Deus e emitir pareceres condenatórios. Estão por aí
pessoas legalistas que assim agem afirmando serem melhores e, óbvio, os outros
piores. Este é um vício humano que deve ser corrigido à medida que se imagina
estar do outro lado sendo julgado e medido com os mesmos critérios cruéis
usados por mim anteriormente. Aos nossos olhos os erros dos outros parecem
maiores. É, talvez, um cisco pequeno que, ampliado pela nossa imaginação,
torna-se grande. Esta é a forma doentia que, por vezes, nos faz sentir melhores
destruindo outros. Não conseguimos ver a trave que está em nossos próprios
olhos. É bem caracterizado no dito popular: ‘o macaco senta-se sobre o próprio
rabo quando critica os outros’. Atitude correta é corrigir-se primeiramente,
deixar de ser hipócrita, tirar dos próprios olhos a trave que cega e, então,
ajudar o irmão a tirar o cisco que o incomoda. Jesus conhece bem a raça humana
e oferece boa reflexão para todos. O ser que prima em ver defeitos nos outros
ignorando o seu próprio terá que se contentar quando, inversamente, estiver na
berlinda. O critério é infalível: mediu e julgou o outro terá o julgamento
recíproco e cruel. – Vem, dissipa em nós a treva que o pecado traz, e
da perdição nos leva à mansão da paz. Grande Mestre, Bom consolador, teu poder
em nós se mostre regenerador. Amém” (João Bosco Barbosa – Meditações
para o dia a dia [2015] Vozes).