Sábado, 18 de junho de 2022

(2Cr 24,17-25; Sl 88[89]; Mt 6,24-34) 

11ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém pode servir a dois senhores, pois ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro.

Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24.

“O batismo consagrou-nos ao Senhor. Portanto nós, sentindo em nossa consciência o chamado de Deus a viver essa consagração em plenitude de vida, voluntariamente abraçamos essa realidade: pertencer totalmente ao Senhor e para ele viver. Os principais inimigos dessa pertença total a Deus somos nós mesmos, com nosso egoísmo, nosso orgulho, nossa comodidade e falta de espírito de sacrifício, nossa sensualidade e nossa preguiça. Tudo isso é o que pretende compartilhar nossa vida com Deus e de tudo isso é que precisamos desapegar-nos, a fim de que a nossa vida seja de Deus, somente de Deus e toda de Deus. Porém o Senhor especifica, de modo particular, que não se pode servir a Deus e às riquezas, que em hebraico se diz ‘mamon’ e em aramaico se diz ‘mamona’; na literatura rabínica, as riquezas referem-se não somente ao dinheiro, mas a todos os bens materiais em geral. ‘Servir’ às riquezas é tornar-se escravo delas; servir aos bens e comodidades materiais é permitir que elas afastem do serviço de Deus, em lugar de servirem de instrumentos para a prática da justiça, da caridade e do desapego. Não se pode levar uma vida consagrada às comodidades, entregue ao apostolado e ao mesmo tempo fruída da preguiça e nas próprias preferências” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite