Sexta, 24 de junho de 2022

(Ez 34,11-16; Sl 22[23]; Rm 5,5-11; Lc 15,3-7) 

Sagrado Coração de Jesus.   

“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto

e vai atrás daquela que se perdeu até encontrá-la?” Lc 15,4.

“A parábola da ovelha desgarrada evidencia, de maneira excelente, o que se passa no coração de Jesus: seu extremo amor pelos pecadores e marginalizados. O pretexto da parábola foi dado pela murmuração dos escribas e fariseus diante da liberdade com que Jesus convivia com os pecadores e gente de má fama. Parecia-lhes inconveniente que um rabi pudesse permitir-se tal comportamento. A prudência aconselhava distância e reserva em relação a este tipo de pessoa. Rejeitados por Deus, deviam sofrer também a rejeição de seus semelhantes. Este seria o preço do pecado! Sem se importar com tais preconceitos, Jesus seguia na direção contrária. E se sentia bem, exatamente quando se encontrava na companhia dos excluídos, pois por causa deles tinha sido enviado pelo Pai. Sua ação pautava-se por princípios diferentes daqueles de seus adversários. Ele bem sabia que ‘o Pai não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva’. E mais: ‘é maior motivo de alegria no céu a conversão de apenas um pecador, do que a vida piedosa de noventa e nove pessoas, tidas como justas, sem necessidade de conversão’. Sendo assim, a convivência com os pecadores corresponde a um dever de Jesus. Seu amor misericordioso deve ser manifestado a eles, de modo particular. E só quem se sabe carente do amor de Jesus, será capaz de conhecer a grandeza de seu coração. – Espírito de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite