(2Rs 11,1-4.9-18.20; Sl 131[132]; Mt 6,19-23)
11ª Semana do Tempo Comum.
“Ao contrário, juntai
para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem
e os ladrões assaltam
e roubam” Mt 6,20.
“A parábola do
tesouro imperecível está calcada numa ideia corrente no judaísmo, segundo a
qual existe um tesouro celeste, não sujeito à corrupção. Imaginava-se que as
boas obras acumulavam crédito, a ser resgatado no dia do juízo final. Por isso,
no AT, o velho Tobias aconselhou seu filho a dar esmolas, segundo suas posses.
Na abundância, deveria ser generoso com os pobres. Na carência, deveria
partilhar do seu pouco. A motivação dada era a seguinte: ‘Assim acumulas em teu
favor um precioso tesouro para o dia da necessidade’. O discípulo do Reino
ajunta um tesouro no céu, mediante suas boas obras. No contexto do Sermão da
Montanha, estas correspondem ao conjunto de atitudes e comportamentos
compatíveis com os ensinamentos precedentes – Bem-aventuranças e Antíteses –, e
com o que seguirá. O discípulo encontra, neste Sermão, as pautas de ação
correspondentes à vontade do Pai, para as quais está reservada a devida
recompensa. Deixar-se guiar por outros parâmetros é pura insensatez. Seria
semelhante a ajuntar tesouros efêmeros, fáceis de serem destruídos e roubados.
O mais sensato é optar pelos ensinamentos de Jesus e deixar-se guiar por eles,
pois são portadores de recompensa e podem garantir a vida eterna, junto do Pai.
Fora das palavras de Jesus, só existe frustração. – Espírito de
discernimento, que eu não me engane, ajuntando tesouros na Terra, quando só os
do Céu podem garantir a vida eterna, junto do Pai” (Pe. Jaldemir Vitório,
sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).