Sexta, 17 de junho de 2022

(2Rs 11,1-4.9-18.20; Sl 131[132]; Mt 6,19-23) 

11ª Semana do Tempo Comum.

“Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem

e os ladrões assaltam e roubam” Mt 6,20.

“A parábola do tesouro imperecível está calcada numa ideia corrente no judaísmo, segundo a qual existe um tesouro celeste, não sujeito à corrupção. Imaginava-se que as boas obras acumulavam crédito, a ser resgatado no dia do juízo final. Por isso, no AT, o velho Tobias aconselhou seu filho a dar esmolas, segundo suas posses. Na abundância, deveria ser generoso com os pobres. Na carência, deveria partilhar do seu pouco. A motivação dada era a seguinte: ‘Assim acumulas em teu favor um precioso tesouro para o dia da necessidade’. O discípulo do Reino ajunta um tesouro no céu, mediante suas boas obras. No contexto do Sermão da Montanha, estas correspondem ao conjunto de atitudes e comportamentos compatíveis com os ensinamentos precedentes – Bem-aventuranças e Antíteses –, e com o que seguirá. O discípulo encontra, neste Sermão, as pautas de ação correspondentes à vontade do Pai, para as quais está reservada a devida recompensa. Deixar-se guiar por outros parâmetros é pura insensatez. Seria semelhante a ajuntar tesouros efêmeros, fáceis de serem destruídos e roubados. O mais sensato é optar pelos ensinamentos de Jesus e deixar-se guiar por eles, pois são portadores de recompensa e podem garantir a vida eterna, junto do Pai. Fora das palavras de Jesus, só existe frustração. – Espírito de discernimento, que eu não me engane, ajuntando tesouros na Terra, quando só os do Céu podem garantir a vida eterna, junto do Pai” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite