(Am 2,6-10.13-16; Sl 49[50]; Mt 8,18-22)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Então um mestre da
Lei aproximou-se e disse: ‘Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás’” Mt 8,19
“O seguimento de
Jesus tem seus pré-requisitos. Além da disposição de tornar-se discípulo, é
preciso saber o que o seguimento exige de cada categoria de pessoas. O
Evangelho refere-se ao caso de um escriba e de um discípulo. São dois exemplos
ilustrativos do que se passa com quem se predispõe a seguir Jesus. O mestre da
Lei judaica é advertido para não tomar uma decisão apressada e superficial.
Talvez confundindo Jesus com os rabinos da época, não tinha consciência de um
dado importante: para seguir o Mestre Jesus era preciso estar pronto para
abraçar a pobreza e o despojamento. Seria ilusório escolher segui-lo, pensando
em poder levar uma vida de bem-estar e segurança. As exigências da pobreza
deveriam ser previamente conhecidas e aceitas. Quanto ao discípulo, parece não
ter-se dado conta das reais exigências de sua opção. Por isso, pede ao Mestre
para interromper sua missão e voltar para casa, a fim de cumprir seu dever de
filho, e dar uma sepultura digna a seu velho pai. O pedido não é aprovado,
pois, na família, deve haver quem se preocupe em fazer este gesto de
misericórdia. Qualquer que seja a questão, Jesus pensa o discipulado como uma
escolha coerente, total e radical, feita para toda a vida, e que se torna a
opção fundamental do discípulo. Diante dela, tudo é relativizado, mesmo as
coisas mais caras ao ser humano. – Espírito de afeição ao Reino,
predispõe-me a ser discípulo de maneira radical e coerente, a ponto de
relativizar tudo, mesmo aquilo que considero mais querido” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite