(Am 5,14-15.21-24; Sl 49[50]; Mt 8,28-34)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Quando Jesus chegou
à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois
homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que
ninguém podia passar por aquele caminho”
Mt 8,28.
“O incidente com a vara
de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada
pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade:
o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco. Os
espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-se
refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e
violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros,
seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total
desumanização. A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele
ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata
foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da
impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a
iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido
recuperados para a vida, libertados do mal. Os habitantes de Gadara não foram capazes
de reconhecer de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda
dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu
território. Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um
símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus. – Espírito que
liberta do mal, purifica meu coração de tudo quanto me desumaniza e me impede
de viver em comunhão com meus semelhantes” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite