Sexta, 01 de julho de 2022

(Am 8,4-6.9-12; Sl 118[119]; Mt 9,9-13) 

13ª Semana do Tempo Comum.

“Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’.

De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” Mt 9,13.

“A censura dos fariseus por Jesus se ter sentado à mesa com os cobradores de impostos e os pecadores serviu de ocasião para explicar um aspecto fundamental de sua ação missionária: no trato com as pessoas, buscava ser o máximo misericordioso, não se deixando levar por preconceitos, nem se desesperando quanto à possibilidade de conversão de seus interlocutores. Exatamente o contrário da atitude dos fariseus! Como a missão de Jesus consistia em colocar-se a serviço dos pecadores, nada mais conveniente do que ser misericordioso para com eles. Sendo o Messias, podia dar-se ao luxo de assumir uma postura de juiz e condená-los desapiedadamente. Ou então, mantendo-se à distância, denunciar-lhe o pecado e tentar arrancá-los do mundo pecaminoso em que viviam. A opção de Jesus vai numa outra direção. Coloca-se no meio daqueles aos quais veio anunciar a salvação, exercendo sua missão mediante a partilha de vida. Este é o canal pelo qual o amor de Deus atinge aqueles que o preconceito religioso relegou à condição de malditos e condenados. Jesus salva pela misericórdia! Sua ação pauta-se por uma lógica irrefutável: coloca-se entre os pecadores, por ter vindo para eles. Assim como os médicos vão em busca de pessoas doentes, Jesus vai ao encalço de quem, de fato, necessita ser salvo. Portanto, longe de estar agindo de maneira censurável, seu gesto é cheio de sentido divino. – Espírito de acolhimento, torna-me sensível e misericordioso, sobretudo, para aqueles aos quais a salvação deve ser anunciada (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite