Sexta, 01 de outubro de 2021

(Br 1,15-22; Sl 78[79]; Lc 10,13-16) 

26ª Semana do Tempo Comum.

“Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência,

vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas” Lc 9,13.

“A pregação de Jesus nem sempre era bem acolhida, nem suas palavras sempre surtiam efeito na vida das pessoas. Muitas vezes, ele era ouvido com suspeita, desprezo, quando não, com aberta rejeição. Essas reações não lhe passavam despercebidas. Ele as acompanhava com atenção, pois não podia ficar impassível diante de pessoas que menosprezavam a oferta da salvação que o Pai lhes fazia, preferindo, assim o caminho da condenação. A rejeição de Jesus e de sua mensagem provinha, em alguns casos, de toda a população de uma cidade. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum tornaram-se símbolos desta realidade. Seus habitantes, em conjunto, fecharam os ouvidos à pregação do Mestre. As palavras fortes, que Jesus lhes dirigiu, revelam a gravidade do fato. Elas não souberam reconhecer nele a presença misericordiosa de Deus, que os convidava à conversão. Seu pecado chegou a tal ponto que se tornaram insensíveis aos apelos divinos, nem reconheceram a necessidade de fazer penitência. Jesus lançou um olhar para o futuro e anteviu a sorte que estava reservada para esta gente, quando se defrontassem com o Pai, no dia do juízo. Seu linguajar chocante, entretanto, tinha como finalidade chamar, uma vez mais, esses pecadores à conversão. Não lhes interessava que fossem condenados, mas que se convertessem e tivessem a vida. – Senhor Jesus, livra-me da dureza de coração que me impede de converter-me sinceramente diante de tua Palavra de salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite