(1Tm 4,12-16; Sl 110[111]; Lc 7,36-50)
24ª Semana do Tempo Comum.
“Vendo isso, o
fariseu que o havia convidado ficou pensando: ‘Se este homem fosse um profeta,
saberia que tipo de
mulher está tocando nele, pois é uma pecadora’” Lc 7,39.
“Embora vivendo numa
sociedade cheia de preconceitos, Jesus não se deixava levar por eles. Sua ação
norteava-se pelas exigências do Reino; sua liberdade não dependia da opinião
alheia. Por isso, não deixava de fazer o bem, quando necessário, mesmo correndo
o risco de ser mal interpretado. O fariseu, que convidara Jesus para uma
refeição, tinha uma série de preconceitos. Olhava para as mulheres com
desprezo. No caso das prostitutas, este desprezo transformava-se em verdadeiro
asco e repúdio. Na sua opinião, os mestres deveriam guardar distância dessas
mulheres e não se deixar tocar por elas. Também esse fariseu confundiu ser
profeta com ser capaz de conhecer as intenções dos outros. Embora fosse o
convidado, Jesus censurou seu anfitrião. Este observou, com malícia, o gesto
amoroso de uma pecadora da cidade que entrara em sua casa, pondo-se a banhar os
pés do Mestre com suas lágrimas, a enxuga-los com seus cabelos e a cobri-lo de
perfume. Para Jesus isto era uma manifestação de amor; para o fariseu, não
passava de um gesto sensual. Além disso, a ação da mulher substituíra a falta
de delicadeza do fariseu, que não realizou os gestos de praxe, quando da
chegada de um hóspede. Enfim, aquela mulher, apesar de pecadora, tinha mais
nobreza do que o anfitrião mal-educado e preconceituoso. – Senhor Jesus,
tira de mim toda malícia e todo preconceito que me levam a interpretar, de
forma equivocada, o que é gesto de amor” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite