Segunda, 06 de setembro de 2021

(Cl 1,24—2,3; Sl 61[62]; Lc 6,6-11) 

23ª Semana do Tempo Comum.

“A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério:

a presença de Cristo em vós, a esperança da glória” Cl 1,27.

“O discípulo Paulo chama a atenção, neste versículo, para dois pontos importantes. Em primeiro lugar, Jesus veio para todos. Mesmo aqueles que não acreditam em seu Evangelho ou que nem mesmo acreditam no Pai, são filhos, são chamados, são olhados com amor e zelo. Não somos nós, os cristãos, os privilegiados. Nossos irmãos ateus ou pagãos também são filhos amados, julgados por seus atos e não por suas filosofias. Temos a pretensão de achar que basta crer para ser salvo, esquecendo-nos das palavras do próprio Paulo que afirmou que a fé sem ações é oca, vazia. Conhecemos várias pessoas que se dizem ateias, ‘graças a Deus’, e que têm uma vida reta, íntegra, são cheias de amor e respeito pela Humanidade e pela vida. E conhecemos tantos cristãos, cheios de ódios, ressentimentos, egoísmo, sentimentos de vingança, ganância, sem nenhum respeito pela vida ou pelos irmãos. Quem seria o verdadeiro cristão?! O segundo ponto abordado por Paulo é que o mistério é o próprio Jesus em nosso meio, a esperança da glória. Ele veio à Terra unicamente por amor a nós. Foi perseguido, humilhado, ofendido e vilipendiado. Por que? Por que haveria o Filho de Deus de submeter-se a tanto? Jesus não é apenas o amor, a caridade, a mansuetude, a esperança, a luta contra todo tipo de injustiça, o perdão, a paciência, a cura do corpo e da alma. Jesus é muito mais. É recado amoroso do Pai. É a esperança da glória. É Deus nos dizendo que a vida não é apenas este lampejo. Que a morte não é senão uma mentira. Que poder e riqueza são transitórios. Que a glória, a verdadeira glória, a verdadeira alegria, a verdadeira paz, só podemos encontra-las n’Ele, em seu reino eterno. – Pai de Misericórdia, queremos, de todo coração, agradecer-lhe pela bênção da vinda de Jesus à terra. Que sejamos dignos de tamanha graça e saibamos compreendê-la! Amém (Maria Liza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite