Sexta, 10 de setembro de 2021

(1Tm 1,1-2.12-14; Sl 15[16]; Lc 6,39-42) 

23ª Semana do Tempo Comum.

“Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho?” Lc 6,41.

“Havia, alguns discípulos de Jesus, a tendência a querer arvorar-se em guia dos outros, sem terem condições para isto. Sem se preocupar em corrigir seus próprios defeitos, eles se apresentavam como modelo e com intuito de serem seguidos pelos demais. Esta pretensão inconsequente foi denunciada por Jesus. Querer guiar os outros, sem estar apto para isto, é igual a um cego deixar-se guiar por outro cego. Ambos estão fadados a cair no primeiro buraco que encontram pela frente. Outra falha consistia em perceber as limitações e os pecados alheios, por menores que fossem, e, ao mesmo tempo, não se dar conta de estar incorrendo em pecados bem mais graves. A mesma pessoa que vê um cisquinho no olho alheio, não raro nem percebe o pedaço de pau existente em seu próprio olho. Jesus denuncia tal hipocrisia. Ele aconselha, a quem assim age, a tirar o cisco que tem nos olhos, para poder ver bastante bem o que se passa com os outros. Evidentemente, quando a pessoa é capaz de perceber seus defeitos pessoais, será cautelosa em censurar o próximo. Os hipócritas não se dão conta da gravidade do que fazem, por isso julgam-se perfeitos e no direito de corrigir os outros. O discípulo de Jesus, ao contrário, é parcimonioso quando se trata de descobrir o pecado alheio. Ele tem consciência de ser objeto da misericórdia divina e, por isso, sabe também ser misericordioso e paciente com os demais. – Senhor Jesus, que eu tenha suficiente humildade para reconhecer os meus erros e não querer arvorar-me em juiz e guia do meu próximo (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite