Quinta, 23 de setembro de 2021

(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9) 

25ª Semana do Tempo Comum.

“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas?” Ag 1,4.

“Nossa morada atual é o planeta Terra. E como está a nossa casa? Em ruínas, sem dúvida. Irmãos contra irmãos, filhos contra os pais, esposos contra esposos, amigos contra amigos, nações contra nações.... É o caos completo. Neste mesmo instante, quantas crianças estão morrendo, ao nascer, por subnutrição e falta de recursos? Quantas mães aflitas oferecem aos seus filhos os peitos murchos, porque elas próprias carecem de alimento? Quantas panelas estão vazias? Quantas crianças e adolescentes estão abandonados pelas ruas, se prostituindo e se drogando? Casas sendo destruídas, famílias destroçadas, filhos órfãos, jovens e velhas estupradas? Quantas guerras estão acontecendo? Quantos estão morrendo, aos poucos, vítimas de doenças estranhas? Que tempo é este, em que as crianças já não brincam e, cada vez mais cedo, perdem a alegria? Que vazio é este, que tristeza é esta, que desesperança, matando os sorrisos e os sonhos? Já não é hora de olharmos ao redor, repararmos nas ruínas e sentir que é chegado o momento de construirmos um novo mundo, onde possamos ter ‘casas revestidas’? Deus só quer o nosso bem. Ele não tem nenhuma responsabilidade nas nossas loucuras. Está em nossas mãos dar um basta a tudo de ruim que vem destruindo nações, lares e almas e partir para a construção de um mundo melhor, onde possamos realmente ser irmãos e onde haverá, por fim, ‘um só rebanho e um só pastor’. Não tenhamos medo de abandonar esta casa em ruínas. Sob as bênçãos do Criador, vamos reconstruir a nossa casa, revestindo-a de toda proteção. No sacrário de nossas almas, alimentemos a esperança para que saudemos a aurora que se aproxima! – Arquiteto supremo, Pai amoroso, ajudai-nos a deixar nossas casas em ruínas, sem olhar para trás. Que cada um de nós contribua, mesmo que for com um único tijolo, para a construção da nova casa que nos abrigará na Paz e na Felicidade. Amém (Maria Liza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite