(Zac 2,5-9.14-15; Sl Jr 31; Lc 9,43-45)
25ª Semana do Tempo Comum.
“Todos estavam
admirados com todas as coisas que Jesus fazia” Lc 9,43a.
“Os discípulos de
Jesus não deveriam deixar-se contaminar com a empolgação popular a respeito do
Mestre. O povo se maravilhava diante dos grandes feitos de Jesus e, talvez,
nutrisse esperanças a seu respeito. Esperanças, que ele não estava disposto a
realizar. Entre elas, sem dúvida, a intenção de fazê-lo rei. Os discípulos, por
sua vez, provinham de camadas populares e nutriam as mesmas expectativas do
povo em relação ao bem-estar social, ao futuro da nação, à esperança
messiânica. Por isso, corriam o risco de se deixarem levar, com muita
facilidade, pelo que o povo pensava a respeito de Jesus, e esperava dele. Para
evitar equívocos, o Mestre pediu-lhes que prestassem toda a atenção num
esclarecimento muito importante: ele estava destinado a sofrer muito. A
declaração de Jesus deixou os discípulos perplexos. Suas palavras
pareceram-lhes obscuras. Não eram capazes de captar-lhes o sentido. E tinham
medo de interrogar o Mestre sobre o assunto. Jesus cuidou para que sua paixão e
morte não pegassem os discípulos desprevenidos, gerando frustração e dispersão
do grupo. Eles deveriam compreender que o sofrimento fazia parte de sua opção
de fidelidade ao Reino de Deus. Não seria um acidente imprevisto de sua
trajetória. Por conseguinte, foram desafiados a refazer suas expectativas a
respeito de Jesus. – Senhor Jesus, ajuda-me a compreender que tua
paixão e morte fazem parte de tua opção de fidelidade ao Reino de Deus” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite