(Nm 21,4-9; Sl 77[78]; Jo 3,13-17)
Exaltação da Santa Cruz.
“Pois Deus amou tanto
o mundo, que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida
eterna” Jo 3,16.
“A crucifixão de
Jesus deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a morte, para ser evocação
da vida. Não mais seria instrumento de castigo, mas de salvação. Seria motivo
de exaltação e não de ignominia. Esta mudança radical do sentido da cruz deveu-se
ao modo como Jesus viveu. A morte de cruz foi a prova suprema da fidelidade do
Filho ao Pai. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da
vida de Jesus, e que nenhuma criatura fora suficientemente forte para desviá-lo
do caminho traçado pelo Pai. Somente neste sentido é possível entender a
necessidade da morte de cruz. Seria praticamente impossível ter Jesus
encontrado outra forma mais convincente para provar sua fidelidade a Deus. Ele
não temeu enfrentar, de cabeça erguida, a infamante morte de cruz, quando
estava em jogo a razão de ser de sua existência e de sua vinda ao mundo. Daqui
provém o respeito cristão pela cruz e o simbolismo de que é revestida. Ela
evoca a fidelidade de Jesus e é apelo à essa mesma fidelidade. É a síntese do
amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um
convite para o amor. Ela revela o serviço radical e incondicional de Jesus ao
Reino, e estimula o cristão a fazer o mesmo. Exaltar a cruz é, pois, optar por
trilhar os caminhos de Jesus. – Senhor Jesus, que a exaltação da cruz
desperte em mim um empenho sempre maior de trilhar os teus caminhos” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite