Terça, 14 de setembro de 2021

(Nm 21,4-9; Sl 77[78]; Jo 3,13-17) 

Exaltação da Santa Cruz.

“Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer,

mas tenha a vida eterna” Jo 3,16.

“A crucifixão de Jesus deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a morte, para ser evocação da vida. Não mais seria instrumento de castigo, mas de salvação. Seria motivo de exaltação e não de ignominia. Esta mudança radical do sentido da cruz deveu-se ao modo como Jesus viveu. A morte de cruz foi a prova suprema da fidelidade do Filho ao Pai. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhuma criatura fora suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai. Somente neste sentido é possível entender a necessidade da morte de cruz. Seria praticamente impossível ter Jesus encontrado outra forma mais convincente para provar sua fidelidade a Deus. Ele não temeu enfrentar, de cabeça erguida, a infamante morte de cruz, quando estava em jogo a razão de ser de sua existência e de sua vinda ao mundo. Daqui provém o respeito cristão pela cruz e o simbolismo de que é revestida. Ela evoca a fidelidade de Jesus e é apelo à essa mesma fidelidade. É a síntese do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para o amor. Ela revela o serviço radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula o cristão a fazer o mesmo. Exaltar a cruz é, pois, optar por trilhar os caminhos de Jesus. – Senhor Jesus, que a exaltação da cruz desperte em mim um empenho sempre maior de trilhar os teus caminhos (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite