Terça, 28 de setembro de 2021

(Zc 8,2-23; Sl 86[87]; Lc 9,51-56) 

26ª Semana do Tempo Comum.

“Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” Lc 9,54.

“No caminho para a última e definitiva viagem de Jesus a Jerusalém, o Evangelho coloca este episódio. Precisando passar pela Samaria, os samaritanos não quiseram lhe dar pousada. Perceberam que Jesus ia para Jerusalém. Os samaritanos desprezavam Jerusalém, e achavam que o lugar santo eram as montanhas de Garazim. O peso dos preconceitos religiosos caia novamente sobre Jesus. Os apóstolos quiseram responder com represálias, valendo-se do privilégio e do suposto poder que lhes adivinha da companhia do Mestre. ‘Queres que mandemos descer fogo do céu?’ Mas Jesus, com paciência, repreende os discípulos, e não se queixa da maldade dos samaritanos. Ele não se guiava por preconceitos, não respondia ao mal com o mal. Ele estava impregnado de um outro espírito. Estava cheio de compaixão pelas pessoas. No seu íntimo, tinha pena dos samaritanos, que não eram piores que os habitantes de Jerusalém que iriam mata-lo pouco tempo depois. Jesus tinha uma compreensão superior. Guiava-se por sentimentos grandes e nobres. Era conduzido pelo Espírito de Deus. Sabia relevar as fraquezas, e perdoar a todos. Que ele nos ensine a ter os mesmos sentimentos. Então não ficaremos tramando pequenas vinganças. Não pediremos o fogo que destrói, mas invocaremos sobre todos o Espírito que ilumina o coração e desfaz os preconceitos. E caminharemos com liberdade e nobreza de ânimo. – Senhor Jesus, dai-nos um coração grande como o vosso, e ensina-nos a perdoar os que não nos compreendem. Derramai sobre eles o Vosso Espírito de amor. Amém (Luiz Demétrio Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite