(Ex 14,5-18; Sl 15; Mt 12,38-42)
16ª Semana do Tempo Comum.
“Alguns mestres da
Lei e fariseus disseram a Jesus: ‘Mestre, queremos ver um sinal realizado por
ti’”
Mt 12,38.
“Deus nos criou
amantes e – por que não dizer? – dependentes de sinais. Não foi sem razão de
ser que a metafísica de Aristóteles adotou como um dos seus princípios o
seguinte: nada chega à inteligência sem que antes passe pelos sentidos.
Geralmente materializamos a ideia para melhor intuí-la e fixa-la. Daí a
importância do sinal em nossas vidas. Daí a diversidade de sinais que a
humanidade criou e cria para mais eficazmente traduzir suas realidades.
Convencionou-se, por exemplo, ser uma balança o sinal da justiça, ser a âncora
o sinal da esperança, ser a pomba o sinal da paz, serem os louros o sinal da
vitória e assim por diante. Todavia, pode acontecer que o sinal não diga tanto,
não seja de existência tão necessária. Isto acontece quando a realidade se
encontra à vista e a exigência de seu símbolo passa ser uma coisa supérflua,
desnecessária. Jesus chamou os escribas e fariseus de ‘geração perversa’ não
porque eles pedissem um sinal, mas porque pediram um sinal fora de hora e assim
deram prova de que não queriam acreditar no Mestre. O que eles queriam era
colocar em prova o seu poder e desmoralizá-lo, por não atender ao pueril
argumento deles de ‘só crer no que vê’. - Senhor, que, confiando na
bondade que sóis vós, possamos ser sinais vossos para os outros. Amém” (Marcos Daniel
de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite