Terça, 20 de julho de 2021

(Ex 14,21—15,1; Sl Ex 15; Mt 12,46-50) 

16ª Semana do Tempo Comum.

“Alguém disse a Jesus: ‘Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo’” Mt 12,47.

“Um leitor desavisado pode interpretar mal o texto evangélico e considerar as palavras de Jesus como desvalorização de sua mãe. A passagem parece falar de um Jesus ríspido com os familiares, com os quais evita se relacionar. O episódio deve ser entendido no contexto da catequese do evangelista. Este desenvolve o tema do discipulado cristão, mostrando em que base está alicerçado. No sentido negativo, não está fundado nas relações sanguíneas e de parentesco com Jesus. Os parentes do Mestre não têm um lugar especial na comunidade cristã, como se fossem cristãos de primeira categoria. No sentido positivo, o discipulado cristão está fundado na vontade do Pai, a ser buscada e posta em prática. O primeiro a buscar com sinceridade o querer do Pai foi o Filho Jesus. Como Filho, assumiu a tarefa de apresentar o projeto de Pai como pauta de ação e formar comunidades com quem acolhesse essa proposta. É a comunidade dos discípulos do Reino! A importância de Maria está no fato de ser totalmente aberta para Deus, e não em ser a mãe biológica de Jesus. As poucas referências evangélicas a respeito dela frisam essa dimensão de sua identidade. É como se fosse a primeira discípula, cuja fidelidade lhe valeu a graça da escolha para ser mãe do Salvador. Contemplando-a, é possível descobrir o caminho do autêntico discipulado. – Senhor Jesus, que a contemplação do exemplo de Maria me ensine o caminho do discipulado, feito de fidelidade ao querer do Pai (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano B] – Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite