Terça, 06 de julho de 2021

(Gn 32,23-33; Sl 16[17]; Mt 9,32-38) 

14ª Semana do Tempo Comum.

“Os fariseus, porém, diziam: ‘É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios’” Mt 9,34.

“A ausência da fé impedia os inimigos de Jesus de compreendê-lo devidamente. Eram levados a fazer interpretações maliciosas, quando se defrontavam com o bem que praticava em favor dos sofredores. O motivo era um só: eram incapazes de reconhece-lo como Filho de Deus, cuja missão dada pelo Pai consistia em ajudar a todos, sem exceção. Por outro lado, davam-se conta do significado dos milagres operados por Jesus. A cura do cego tinha o sentido simbólico de recuperação da vista por parte de quem fora privado da visão, possibilitando ‘ver’ a realidade com senso crítico e avalia-la com os olhos de Deus. A cura do mudo possesso tinha, igualmente, um valor simbólico. Doravante, estava em condições de proclamar as grandezas de Deus, realizadas em favor dele e do povo. As pessoas livres podiam criticar os desmandos das lideranças religiosas e apontar o que tinham de errado. Por isso, os líderes preferiam lidar com pessoas cegas e incapazes de falar, para defender o próprio direito e dignidade. Pessoas livres são, sempre, pessoas perigosas. – Senhor Jesus, torna-me instrumento eficaz do Reino do Pai, para poder ajudar as pessoas a recuperarem a capacidade de discernimento e de senso crítico (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano B] – Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite