(Ex 3,13-20; Sl 104[105]; Mt 11,28-30)
15ª Semana do Tempo Comum.
“Pois meu jugo é
suave e o meu fardo é leve” Mt 11,30.
“Jesus pede de seus
seguidores uma porção de coisas. Como, por exemplo, renunciar a si mesmo,
aceitar a própria casa, ser desprendido e misericordioso, pegar no arado e não
olhar para trás, perseverar até o fim, ser sal da terra e luz do mundo, amar
até o inimigo e outras e outras. E, por aí se vê que aquilo que Ele exige de
quem opta pela sua pessoa não é algo fácil. Pelo contrário, é algo dificílimo,
o que explica o fato de tantos o terem procurado, terem-no encontrado e com ele
não haverem permanecido até o fim. Como, então, poder-se-á explicar que Cristo
afirme ser o seu jugo suave e seu fardo leve? Como entender que, exigindo
tanto, Ele diga que as propostas que nos faz seja de fácil cumprimento?
Entende-se facilmente este seu dizer, quando se sabe que, antes de fazer tal
afirmação, assevera ele que todos os que estão sobrecarregados, cansados,
oprimidos, angustiados, preocupados, dominados por qualquer atribulação sem
encontrarem muito ânimo para viver devem recorrer-lhe. Recorrendo a Ele
encontrarão repouso, o lenitivo, o remédio e a paz. E a conclusão não pode ser
outra, senão a de que Cristo nos solicita o pesado porque, ao pedir, também
oferece e o peso, com Ele, se torna leve. Nenhum de nós deve olhar para Cristo,
vendo só a dureza do que nos propõe, mas antes, o auxílio que nos oferece para
tornar viável tudo aquilo que é pedido seu. – Senhor, fazei que nunca
digamos que aquilo que nos pedis é demais para nós, mas, antes, dai-nos força
para vos oferecer aquilo que nem pedis. Amém” (Jose Gilberto
de Luna – Graças a Deus [1995] – Vozes).