Sábado, 24 de julho de 2021

(Ex 24,3-8; Sl 49[50]; Mt 13,24-30) 

16ª Semana do Tempo Comum.

“Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro’” Mt 13,30.

“O bem e o mal sempre se opuseram, como que num duelo constante. Embora saibamos que a vitória há de ser sempre do bem, toda cautela é pouca para se permitir que aconteça o contrário, ainda porque os filhos das trevas são mais ladinos que os filhos da luz. A parábola do joio e do trigo é a evocação viva destas duas forças antagônicas que, às vezes, até parecem confundir-se o bem nunca se reveste com a roupa do mal, mas o contrário acontece. Em dadas ocasiões, torna-se necessário possuir muita sabedoria, muita esperteza para se saber até onde chega o bem e até onde começa o mal. Até onde nós cristãos podemos ir e de onde temos de voltar. Exatamente porque, não raro, esta camuflagem existe é que o Senhor aconselha muito cuidado ao se extirpar o joio que cresce ao lado do trigo. Os que arrancam podem incorrer no risco de retirar os dois, querendo tirar apenas um. Precisamos estar atentos para não embarcarmos na canoa do mal, julgando que estamos navegando na embarcação do bem. Isto acontece todas as vezes em que fazemos as coisas reprováveis, só porque é moda fazer-se assim. Explora-se o próximo roubando-o comercialmente, só porque está na moda assaltar-se o erário público. – Senhor, de vossa sabedoria esperamos poder conseguir o dom de saber o que é trigo e o que é joio em nossa vida, para que não fiquemos com o joio do erro, pensando ser o trigo da verdade. Amém” (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes). 

  Pe. João Bosco Vieira Leite