Sexta, 02 de julho de 2021

(Gn 23,1-4.19; 24,1-8.62-67; Sl 105[106]; Mt 9,9-13) 

13ª Semana do Tempo Comum.

“Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: ‘Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores? ’” Mt 9,11.

“Jesus chama Mateus para ser seu seguidor. O poder desse chamado ficou evidente e teve respostas imediatas: ‘levantou-se, seguiu a Jesus, fez um banquete’. Desejou Mateus que seus colegas cobradores de impostos e outros pecadores conhecessem a Jesus em sua casa. Naquele momento não importava as condições morais dos convidados, mas a companhia do Mestre. Este fato causou reações hostis da parte dos fariseus. Vendo a cena aproveitaram para fazer comentários jocosos: ‘Por que vosso mestre come junto com cobradores de impostos e pecadores? ’ Estariam os fariseus isentos de pecados? Normalmente a impiedade no julgamento é caracterizada pela hipocrisia que enxerga defeitos nos outros, porém tem dificuldades em ver os próprios erros. Os fariseus se julgavam melhores como cumpridores das leis e reprovavam com veemência os contrários. A resposta de Jesus foi imediata: ‘Não vim chamar justos e, sim, pecadores ao arrependimento’. Aquele era o momento para Jesus expor seu plano de salvação. A presença de Jesus facilitava e tornava acessível o relacionamento com o Pai. A misericórdia é altruísta e não os sacrifícios e observâncias de leis. Algo novo estava acontecendo. Nenhum tratamento sério ocorre sem uma tomada de consciência da enfermidade e da sua dimensão. Os fariseus não compreendiam, e por isso julgavam: ‘Ele come com pecadores’. Eles se excluíam do amor de Deus. Todos nós sabemos o quanto é importante estar à mesa com a família e fazer amigos. Muitos bons negócios são tratados em restaurantes. Comer com alguém é prazeroso. É também um ato de solidariedade. Mais importante ainda é ter a presença de Jesus. Ela valoriza o momento e cria oportunidades para expressar agradecimentos. – Ó Senhor Jesus, sê o nosso convidado e abençoa-nos a nós e tudo quanto por tua bondade iremos receber. Amém” (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite