Quarta, 14 de julho de 2021

(Ex 3,1-6.9-12; Sl 102[103]; Mt 11,25-27) 

15ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus pôs-se a dizer: ‘Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos’” Mt 11,25.

“Jesus estabeleceu uma nítida distinção entre os pequeninos, de um lado, e os sábios e entendidos, de outro. A uns é concedida a graça de conhecer as coisas do Pai, aos outros, não. Por que o Pai se agrada de revelar-se a uns e esconder-se a outros? O Pai revela-se aos pequeninos por serem puros de coração e se disporem a acolher a revelação sem contaminá-la com pontos de vistas equivocados. Os pequeninos confiam, inteiramente, no Pai, seguros de que só dele vem a salvação. Por isso são desapegados e não fazem exigências. Tudo quanto vem de Deus é abraçado de bom grado. Os sábios e entendidos, por sua vez, são arrogantes no alto de suas teorias teológicas, bem fundadas racionalmente, mas pouco úteis para gerar comunhão com Deus. Estão sempre prontos a ‘bater boca’ para justificar suas posições, das quais se recusam a arredar o pé. É impossível o diálogo com Deus por não estarem dispostos a abri mão de seus pontos de vista e acolher o que o Pai lhes diz. A impossibilidade da revelação advém, pois, dos próprios sábios e entendidos. Da parte de Deus, existe sempre a disposição para se revelar. Entretanto, quando não encontra interlocutores dispostos, a revelação fica inviabilizada. Se os sábios e entendidos se dispõem a assumir a atitude dos pequeninos, também eles terão acesso ao conhecimento do querer do Pai. Caso contrário, ficam excluídos da revelação. – Senhor Jesus, que eu tenha um coração como o dos pequeninos, sempre pronto para acolher a revelação do Pai e me deixar converter por ela” (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano B] – Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite