(Gn 28,10-22; Sl 90[91]; Mt 9,18-26)
14ª Semana do Tempo Comum.
“Essa notícia
espalhou-se por toda a aquela região” Mt 9,26.
“Os milagres
realizados por Jesus faziam-no conhecido e sua fama se espalhava cada vez mais.
Entre outros, a ressurreição de uma menina, cuja morte era tida como certa, e a
cura de uma mulher vítima de uma hemorragia renitente não eram fatos
corriqueiros. Seria impossível, para quem presenciasse, guardar segredo. A
propagação da fama de Jesus fazia-o correr o risco de ser tomado como um
milagreiro. Esse tipo de gente tem o dom de atrair multidões para si. Os
críticos poderiam considera-lo como um impostor, sem escrúpulos de enganar as pessoas.
Os impostores fazem-se rodear de crédulos que, ingenuamente, deixam-se levar
por artimanhas. A fama podia também Jesus passar por mago. Os magos exercem
fascínio sobre as pessoas, com sua capacidade de iludi-las. A fama, portanto,
podia ser perigosa para a imagem de Jesus e levar as pessoas a toma-lo por
aquilo que não era. O conhecimento de Jesus, por meio de sua fama, seria
insuficiente. Seria apenas o primeiro passo de um longo percurso que se
concluiria com a adesão à pessoa de dele. A fama é apenas um ouvir dizer. Para
conhecer Jesus, era necessário ir além e estabelecer com ele um contato
pessoal, deixando-se tocar, profundamente, por ele. Desta sintonia é que brota
o discipulado. Aí é que se conhece, de maneira correta, aquele Jesus que realiza
milagres. – Senhor Jesus, faze-me sintonizar sempre mais contigo, de
modo a reconhecer-te como a mão amorosa de Deus fazendo o bem à humanidade” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite