Terça, 13 de julho de 2021

(Ex 2,1-15; Sl 68[69]; Mt 11,20-24) 

15ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres,

porque não se tinham convertido” Mt 11,20.

“As cidades da Galileia tinham sido privilegiadas em detrimento de outras. O Evangelho tinha sido anunciado com mais tempo e cuidado em Corozaim, Betsaida e Cafarnaum. Era, por isso, de se esperar maior receptividade do Cristo nestas cidades. Não foi isso que aconteceu. Devido às rejeições, Cristo pronuncia duras palavras. A conversão espiritual é um ato do Espírito Santo que acontece por meio da Palavra anunciada. Esta Palavra se apresenta como lei que acusa os erros, mas também sara as feridas quando anuncia o Evangelho. Jesus está preocupado com aquelas pessoas e, percebendo desinteresse, mostra o lado oposto do Evangelho. Ele censura e ameaça. Esta também é uma forma de Deus mostrar seu amor. Interessante as comparações de Jesus com Tiro, Sidom e Gomorra. Nestas importantes cidades antigas a Palavra de Deus não foi amplamente anunciada. Jesus afirma que, se assim fosse, haveria resultados satisfatórios nelas. Em geral é exigido mais de quem aprendeu mais.  O que diria Jesus a respeito de nossas cidades? Sua Palavra é anunciada nas igrejas cristãs, no rádio, TV e jornais, e não há, por isso, uma adesão maciça à sua causa. Não estaria Jesus também censurando nossas cidades pela falta de conversão? Percebe-se em alguns países a perseguição aos cristãos. Isto é ruim e mostra muita ignorância, porém a indiferença encontrada em países conhecidos como cristãos é triste e magoa o Senhor. As censuras de Cristo àquelas cidades soam em nosso meio como alerta e chamado à conversão. – Senhor! Os milagres da tua graça estão à nossa volta. Nossa cegueira impede de vê-lo e segui-lo. Converta-nos e seremos convertidos. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

Pe. João Bosco Vieira Leite