Terça, 19 de janeiro de 2021

(Hb 6,10-20; Sl 110[111]; Mc 2,23-28) 

2ª Semana do Tempo Comum.

“Deus não é injusto, para esquecer aquilo que estais fazendo e a caridade que demonstraste em seu nome, servindo e continuando a servir os santos” Hb 6,10.

“Fazer o bem às pessoas nem sempre é fácil. Requer objetivo e determinação. E depois, não tem sentido servir para mostrar aos outros o que estamos fazendo (1Cor 13,1-13). Frequentemente, quando ajudamos alguém ficamos agraudando um muito obrigado ou que a pessoa ajudada um dia nos retribua o bem que lhe fizemos. E isto causa em algumas pessoas certo estado de desânimo em querer continuar servindo. Nas nossas comunidades, mesmo que sejamos formados para o serviço por meio de homilias, sermões, catequese, nem sempre conseguimos servir despretensiosamente. Todas as comunidades cristãs pregam o serviço aos outros na mesma dimensão de Jesus: ‘Eu vim para servir!’ (Mc 10,45). Então, não é novidade para nenhum cristão a tarefa principal de sua vida que é fazer aos outros aquilo que gostaria que os outros lhe fizessem (cf. Mt 7,12). A partir do projeto de vida de Jesus a lei fundamental é: assim como eu te amei, deves amar teu irmão. Sendo assim, o amor não se corrompe como água parada, mas circula perenemente e com ele circula a vida; não significa simples permuta, mas dom que mantemos aceso transmitindo-o, como água que permanece viva correndo. Deus nos fez solidários e responsáveis uns pelos outros. Deus deseja que os amados procurem levar outros a terem a mesma experiência no amor: por atos e em verdade (cf. 1Jo 3,18) (Raniero Cantalamessa) – Ó Deus, Tu que és amor, ensina-nos a amar sem desconfiança e gratuitamente. Amém!”.  (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite