(Hb 6,10-20; Sl 110[111]; Mc 2,23-28)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Deus não é injusto,
para esquecer aquilo que estais fazendo e a caridade que demonstraste em seu
nome, servindo e continuando a servir os santos” Hb 6,10.
“Fazer o bem às
pessoas nem sempre é fácil. Requer objetivo e determinação. E depois, não tem
sentido servir para mostrar aos outros o que estamos fazendo (1Cor 13,1-13).
Frequentemente, quando ajudamos alguém ficamos agraudando um muito obrigado ou
que a pessoa ajudada um dia nos retribua o bem que lhe fizemos. E isto causa em
algumas pessoas certo estado de desânimo em querer continuar servindo. Nas
nossas comunidades, mesmo que sejamos formados para o serviço por meio de
homilias, sermões, catequese, nem sempre conseguimos servir
despretensiosamente. Todas as comunidades cristãs pregam o serviço aos outros
na mesma dimensão de Jesus: ‘Eu vim para servir!’ (Mc 10,45). Então, não é
novidade para nenhum cristão a tarefa principal de sua vida que é fazer aos
outros aquilo que gostaria que os outros lhe fizessem (cf. Mt 7,12). A partir
do projeto de vida de Jesus a lei fundamental é: assim como eu te amei, deves
amar teu irmão. Sendo assim, o amor não se corrompe como água parada, mas
circula perenemente e com ele circula a vida; não significa simples permuta,
mas dom que mantemos aceso transmitindo-o, como água que permanece viva
correndo. Deus nos fez solidários e responsáveis uns pelos outros. Deus deseja
que os amados procurem levar outros a terem a mesma experiência no amor: por
atos e em verdade (cf. 1Jo 3,18) (Raniero Cantalamessa) – Ó Deus, Tu
que és amor, ensina-nos a amar sem desconfiança e gratuitamente. Amém!”. (Gilberto
Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite