(1Jo 4,19—5,4; Sl 71[72]; Lc 4,14-22)
Semana da Epifania.
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção
para anunciar a
Boa-nova aos pobres” Lc 4,18a.
“Um culto na sinagoga
da cidade onde fora educado ofereceu a Jesus a oportunidade de apresentar uma
espécie de programa pelo qual pautaria sua ação missionária. O ponto de partida
foi um texto do Antigo Testamento. Desta forma, deixaria claro que sua ação se
respaldava nas promessas feitas por Deus ao povo de Israel. Sua intenção era a de
se manter fiel à tradição religiosa do povo, embora dando-lhe uma nova
roupagem. Tendo se servido de um oráculo profético, Jesus se incluía na lista
dos grandes profetas do passado. Como aqueles, não cederia aos caprichos e às
pressões dos adversários. Realizaria a sua missão, mesmo correndo o risco de
perder a própria vida. A referência à unção do Espírito do Senhor tornava
evidente de onde haurir a força necessária para não esmorecer. Sob a proteção
do Espírito, estaria em condições para realizar a tarefa que lhe cabia. Daí sua
atitude humilde diante da sabedoria de suas palavras e do poder extraordinário
manifestado por seus gestos poderosos. Enfim, o texto profético serviu para
indicar a linha de ação de Jesus. Tratava-se de colocar-se a serviço dos pobres
e dos oprimidos, para restituir-lhes a vida e alegria de viver, apresentando-se
como sinal da misericórdia divina que consola os corações abatidos. Portanto,
tudo quanto iria fazer teria como objetivo restaurar a humanidade, segundo o
projeto original de Deus. Com a chegada de Jesus, ‘o ano da graça do Senhor’
cumpria-se na história humana. – Pai, que o programa da ação
missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo
para eles portador de alegria e esperança” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite