Quinta, 7 de janeiro de 2021

(1Jo 4,19—5,4; Sl 71[72]; Lc 4,14-22) 

Semana da Epifania.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção

para anunciar a Boa-nova aos pobres” Lc 4,18a.

“Um culto na sinagoga da cidade onde fora educado ofereceu a Jesus a oportunidade de apresentar uma espécie de programa pelo qual pautaria sua ação missionária. O ponto de partida foi um texto do Antigo Testamento. Desta forma, deixaria claro que sua ação se respaldava nas promessas feitas por Deus ao povo de Israel. Sua intenção era a de se manter fiel à tradição religiosa do povo, embora dando-lhe uma nova roupagem. Tendo se servido de um oráculo profético, Jesus se incluía na lista dos grandes profetas do passado. Como aqueles, não cederia aos caprichos e às pressões dos adversários. Realizaria a sua missão, mesmo correndo o risco de perder a própria vida. A referência à unção do Espírito do Senhor tornava evidente de onde haurir a força necessária para não esmorecer. Sob a proteção do Espírito, estaria em condições para realizar a tarefa que lhe cabia. Daí sua atitude humilde diante da sabedoria de suas palavras e do poder extraordinário manifestado por seus gestos poderosos. Enfim, o texto profético serviu para indicar a linha de ação de Jesus. Tratava-se de colocar-se a serviço dos pobres e dos oprimidos, para restituir-lhes a vida e alegria de viver, apresentando-se como sinal da misericórdia divina que consola os corações abatidos. Portanto, tudo quanto iria fazer teria como objetivo restaurar a humanidade, segundo o projeto original de Deus. Com a chegada de Jesus, ‘o ano da graça do Senhor’ cumpria-se na história humana. – Pai, que o programa da ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite