Terça, 12 de janeiro de 2021

(Hb 2,5-12; Sl 8; Mc 1,21-28) 

1ª Semana do Tempo Comum.

“Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade,

não como os mestres da Lei” Mc 1,22

“Quando Jesus fala de Deus, as pessoas têm a impressão de que Deus está realmente presente. Ele não fala de coisas que ouviu de outros, antes se trata de sua própria experiência. E ele fala de Deus de uma maneira que mexe com as pessoas. A plateia não pode de recostar simplesmente para meditar sobre as palavras que Jesus diz. As palavras sobre Deus penetram em seus corações e os põem em rebuliço. As pessoas percebem que Jesus fala de Deus como alguém que tem pleno poder. Em suas palavras sente-se o poder de Deus; Deus mesmo se torna presente. Elas sabem: é assim mesmo, ele diz a verdade. Ele fala mesmo de Deus. A palavra grega para ‘plenipotência’ é ‘exousia’, que inclui a faculdade de agir e de dispor a seu talante. Jesus fala de Deus com total liberdade interior. Não há nenhum temor. É o temor que designa também o poder exercido por um soberano, Jesus aparece aos ouvintes como alguém que tem poder, que participa da autoridade de Deus. As palavras de Jesus produzem um efeito no ser humano. Elas o libertam de poderes escravizantes e debilitantes. Ao pé da letra, ‘exousia’ quer dizer: de dentro do ser. Jesus age e fala a partir do ser. Ele se apoia no ser, no próprio ser e no ser de Deus. Suas palavras coincidem com seu ser” (Anselm Grün – Jesus, Caminho para a Liberdade – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite