(Hb 9,2-3.11-14; Sl 46[47]; Mc 3,20-21)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Cristo, porém, veio
como sumo sacerdote dos bens futuros” Hb 9,11a.
“Jesus nasceu na
periferia da Palestina e como tal não era matriz sacerdotal. Mas tornou-se
sacerdote por causa da missão salvadora. Elevou a humanidade a uma perfeição de
consciência tal que as pessoas se aproximando dele adquirem uma liberdade sem
limites na sua relação com Deus. Até a vinda de Jesus a religião judaica tinha
o seu motivo de ser a sua pedagogia de nos preparar para a chegada do Messias.
O sangue, a cinza, e todos os rituais de purificação tiveram sua complementação
na morte de Jesus. O derramamento do seu sangue substituiu de uma vez por todas
os sacrifícios antigos. Os rituais judaicos que garantiam o perdão dos pecados
realizaram-se de forma real e plenamente na morte redentora de Jesus na cruz.
Em Jesus encontra-se a plenitude do culto e do sacerdócio, pois Ele é ao mesmo
tempo o sacerdote, o templo e a vítima da expedição pelos pecados. Como sumo
sacerdote dos bens definitivos, Jesus Cristo ressuscitado e vivo para sempre
restabelece a relação de acesso direto do ser humano com Deus e se tornou um
dom de Deus em favor da humanidade. Essa relação é entendida e vivida uma vez
para sempre, definitiva, perfeita e eternamente. Deus não se encontra mais
reduzido e preso a uma casa de pedra. Limitado a um pequeno espaço e visitado
pelo sumo sacerdote uma vez a cada ano. Mas Deus está no meio de nós. E o
encontramos pelas ruas e praças, casebres e barracões, convivendo com o povo
empobrecido e excluído. – Ó querido Pai, torna-nos mulheres e homens
mais alegres e confiantes no dom pleno da entrega e salvação realizadas por
Jesus. Amém!” (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite