Sábado, 23 de janeiro de 2021

(Hb 9,2-3.11-14; Sl 46[47]; Mc 3,20-21) 

2ª Semana do Tempo Comum.

“Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros” Hb 9,11a.

“Jesus nasceu na periferia da Palestina e como tal não era matriz sacerdotal. Mas tornou-se sacerdote por causa da missão salvadora. Elevou a humanidade a uma perfeição de consciência tal que as pessoas se aproximando dele adquirem uma liberdade sem limites na sua relação com Deus. Até a vinda de Jesus a religião judaica tinha o seu motivo de ser a sua pedagogia de nos preparar para a chegada do Messias. O sangue, a cinza, e todos os rituais de purificação tiveram sua complementação na morte de Jesus. O derramamento do seu sangue substituiu de uma vez por todas os sacrifícios antigos. Os rituais judaicos que garantiam o perdão dos pecados realizaram-se de forma real e plenamente na morte redentora de Jesus na cruz. Em Jesus encontra-se a plenitude do culto e do sacerdócio, pois Ele é ao mesmo tempo o sacerdote, o templo e a vítima da expedição pelos pecados. Como sumo sacerdote dos bens definitivos, Jesus Cristo ressuscitado e vivo para sempre restabelece a relação de acesso direto do ser humano com Deus e se tornou um dom de Deus em favor da humanidade. Essa relação é entendida e vivida uma vez para sempre, definitiva, perfeita e eternamente. Deus não se encontra mais reduzido e preso a uma casa de pedra. Limitado a um pequeno espaço e visitado pelo sumo sacerdote uma vez a cada ano. Mas Deus está no meio de nós. E o encontramos pelas ruas e praças, casebres e barracões, convivendo com o povo empobrecido e excluído. – Ó querido Pai, torna-nos mulheres e homens mais alegres e confiantes no dom pleno da entrega e salvação realizadas por Jesus. Amém! (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

Pe. João Bosco Vieira Leite