(Hb 7,25—8,6; Sl 39[40]; Mc 3,7-12)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Tal é precisamente o
sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha,
separado dos
pecadores e elevado acima dos céus” Hb 7,26.
“Jesus é o sumo
sacerdote perfeito. É o mediador por excelência entre Deus e os seres humanos.
Ele não se apresenta diante de Deus como pecador, mas como ser perfeito. Ele
não precisa, antes, oferecer os sacrifícios do povo e apresentar sacrifícios
pelos seus pecados. ‘Ele é santo, inocente, sem macha, separado dos pecadores e
mais alto que os céus’. Ele, por causa dessas prerrogativas divinas, não está
sujeito ao pecado e a nenhuma fraqueza que os seres humanos possam ter e os
sumos sacerdotes possam apresentar. A realidade que envolve a vida de Jesus o
faz muito mais elevado do que todos os sumos sacerdotes juntos por causa do
grau de sua obediência e santidade. Santidade esta que consistia em realizar a
vontade de Deus. Por isso, ele passou fazendo o bem (cf. At 10,38). Para Jesus
realizar o bem como projeto de vida é estar disposto a tornar presente em sua
vida e na vida das pessoas a vontade de Deus. Jesus, ao ser crucificado e
compreender que sua missão o levou à cruz, torna-se o Cordeiro sem mancha,
livre do pecado e perfeito para o sacrifício pela humanidade. A salvação, que
era uma realidade vaga e à disposição de um grupo seleto, abre-se para a
humanidade. O véu que separava Deus do povo no Templo de Jerusalém já não
existe mais. Rasgou-se (cf. Mt 27,51). A presença de Jesus no meio da
humanidade que possibilitou experimentar da raça humana, sentir o que seres
humanos sentem. Jesus sentiu e experimentou tudo o que faz parte de nossa
condição de gente. Se assim não o fosse, teria nos salvado pela metade. – Senhor,
Pai de bondade, obrigado pela maravilha da salvação realizada por teu Filho
Jesus e nosso irmão mais velho na fé. Amém!” (Gilberto
Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite