(Hb 8,6-13; Sl 84[85]; Mc 3,13-19)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus designou
doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar,
com autoridade para
expulsar os demônios” Mc 3,14-15.
“Jesus sempre foi uma
pessoa muito prática, que preferia ações a discursos, embora falasse muito bem.
No Evangelho que lemos hoje, Jesus escolhe doze ajudantes e manda eles pregarem
e ajudarem as pessoas. Notou? Cristo não os chama para longos debates
teológicos, mas para pregar e ajudar. Tudo no cristianismo é, ou deveria ser,
prático. Evangelizar é chamar as pessoas ao arrependimento e à fé – simples e
fácil. No entanto, nós transformamos duas ações claras em um emaranhado de
procedimentos e rituais, que podem até, didaticamente, nos ajudar, mas que não
são um fim em si mesmos. Em hebraico existe uma palavra para arrependimento que
é ‘Teshuvá’, que significa dar meia-volta, mudar de rumo. Isto nos ensina que,
se você está caminhando em um caminho errado, mesmo que você não ache bom, que
supostamente seria esse o seu dever, você deve trocar de caminho para poder
entrar no caminho certo. Principalmente, porque você sabe qual o destino de um
caminho errado: a tragédia. Então, não adianta sentir, afirmar, pensar, auto
iludir-se, se seu caminho o leva para o rumo errado; só haverá verdadeiro
arrependimento e mudança para melhor se trocar de caminho. Caminho errado leva
a destino errado. Portanto, mude agora! Não é claro? Não é simples? Não é prático?
A mesma coisa é a fé. Temos que crer que Jesus é o Filho de Deus e que Ele nos
mandou amar a Deus sobre tudo e todos e nos amarmos como irmãos. Existe alguma
dúvida? Claro, pregamos o essencial. Logo, pregue agora! – Obrigado,
Jesus por nos escolheres para pregarmos a tua mensagem, que o façamos com
clareza e simplicidade. Amém” (Sandro Bussinger Sampaio – Meditações
para o dia a dia [2015] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite