Sexta, 22 de janeiro de 2021

(Hb 8,6-13; Sl 84[85]; Mc 3,13-19) 

2ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus designou doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar,

com autoridade para expulsar os demônios” Mc 3,14-15.

“Jesus sempre foi uma pessoa muito prática, que preferia ações a discursos, embora falasse muito bem. No Evangelho que lemos hoje, Jesus escolhe doze ajudantes e manda eles pregarem e ajudarem as pessoas. Notou? Cristo não os chama para longos debates teológicos, mas para pregar e ajudar. Tudo no cristianismo é, ou deveria ser, prático. Evangelizar é chamar as pessoas ao arrependimento e à fé – simples e fácil. No entanto, nós transformamos duas ações claras em um emaranhado de procedimentos e rituais, que podem até, didaticamente, nos ajudar, mas que não são um fim em si mesmos. Em hebraico existe uma palavra para arrependimento que é ‘Teshuvá’, que significa dar meia-volta, mudar de rumo. Isto nos ensina que, se você está caminhando em um caminho errado, mesmo que você não ache bom, que supostamente seria esse o seu dever, você deve trocar de caminho para poder entrar no caminho certo. Principalmente, porque você sabe qual o destino de um caminho errado: a tragédia. Então, não adianta sentir, afirmar, pensar, auto iludir-se, se seu caminho o leva para o rumo errado; só haverá verdadeiro arrependimento e mudança para melhor se trocar de caminho. Caminho errado leva a destino errado. Portanto, mude agora! Não é claro? Não é simples? Não é prático? A mesma coisa é a fé. Temos que crer que Jesus é o Filho de Deus e que Ele nos mandou amar a Deus sobre tudo e todos e nos amarmos como irmãos. Existe alguma dúvida? Claro, pregamos o essencial. Logo, pregue agora! – Obrigado, Jesus por nos escolheres para pregarmos a tua mensagem, que o façamos com clareza e simplicidade. Amém (Sandro Bussinger Sampaio – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite